Texto: Lucas Nanini
Fonte: G1 (DF)
Edição e arte: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante)
Fonte: G1 (DF)
Edição e arte: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante)
O
cantor Amado Batista, que grava DVD em comemoração aos 40 anos de
carreira em show em Brasília (Foto: Assessoria/Divulgação)
Gravação
acontece na cidade onde ficou preso durante a ditadura militar.Cantor sobe ao palco do Bamboa nesta sexta; evento começa às 21h.
O show terá dois momentos. No primeiro, Amado vai gravar as músicas que vão entrar no DVD. São 20 no total, sendo 17 sucessos e três músicas inéditas. Mas mesmo as músicas já gravadas não serão as mais tocadas, como “Princesa”, “Amar amar”, “Chance”, “Meu ex-amor”, “Menininha meu amor” e “Amor perfeito (Fruto do nosso amor)”.
“Tenho 364 músicas gravadas, tive que optar. Vou fazer o show com as músicas que me pedem, mas que não canto com tanta frequência. Escolhi 17 e peguei mais três que nunca tinha gravado. São essas que estarão no DVD”, afirma Amado.
Apesar de não entrarem no material, alguns dos maiores sucessos estarão na segunda parte do show. O cantor diz que o público merece ouvir as músicas mais conhecidas, mas que não faz sentido registrá-las no novo trabalho porque já estão em gravações anteriores. “‘Princesa’, por exemplo, já gravei em outro DVD. Eu quero oferecer algo novo ao meu público.”
Cantor Amado Batista (Foto: Divulgação/Assessoria )
As três inéditas são “A pé na estrada”, que já foi gravada por Milionário e José Rico, o axé “Peão de obra” e “Eu sou igualzinho a você”, escrita pelo compositor Elias Wagner, o único que fará participação no DVD.
“Ele é um cadeirante do Espírito Santo, um excelente compositor. A música conta a história de uma menina que se interessa por ele, mas acha estranho ele estar na cadeira de rodas. Aí ele diz ‘eu sou igualzinho a você’.”
De
volta a Brasília
Do período de prisão ele diz não guardar ressentimento, embora considere a “pior experiência da vida”. Amado define o mês que passou na Papuda, onde foi torturado, como um “acidente de percurso” e diz ter carinho por Brasília, uma das primeiras cidades onde afirma ter feito sucesso.
“Eu era amigos dos intelectuais que iam lá em Goiânia. Todos iam lá bater papo, tinha lançamento de livros. Eu nem sabia que eles faziam essas reuniões, passavam vídeos do Che Guevara. Até provar que eu não tinha nada a ver com aquilo foram dois meses. Fiquei um mês em Goiânia e mais um mês em Brasília. Nessa época era aí [no DF] que levavam o pessoal para abrir o bico.”
Carreira
de sucesso
“Um amigo do meu irmão apareceu com uma gaita.
Eu nem imaginava que seria músico. Era um sonho tão distante, que eu já tinha desistido”, diz Amado. Já adulto, ele se tornou proprietário de uma loja de discos, que acabou sendo porta de entrada para o mercado musical.
“A loja aproximou. Eu conheci os representantes das gravadoras, conheci o dono da gravadora Chororó, representante do estado de Goiás. Aí ele convidou. ‘Não quer gravar?’. Eu falei ‘mas você vai deixar eu gravar o disco como eu quero?’. E foi assim que começou.”
Fã de Beatles, de Roberto Carlos e da Jovem Guarda, ele criou um estilo popular com letras de amor e melodias fáceis, muitas vezes misturando elementos do forró e do sertanejo. O rótulo de brega ele não aceita.
“Todo ser humano é romântico. Qual o problema? Alguém admira mas se não disserem que é bom ele fica meio com vergonha. Mas todo mundo gosta. Você vê Roberto Carlos, Paul McCartney, até hoje eles lotam estádios, agradam com a música popular.”O cantor também diz que nunca precisou fazer concessão sobre sua arte, que sempre gravou o que quis, do modo que desejou. "Sempre muito livre. Nunca tive ninguém me dizendo 'tem que gravar isso'. Fazia do jeito que queria."
O modo de fazer música continua o mesmo, ele garante. O que mudou foi só a tecnologia, diz ele ao lembrar que no começo da carreira as canções eram gravadas em apenas dois canais. O instrumental ficava em um, já mixado, e a voz ficava em outro.
"Agora tem mais canais, mas acho que gasto a mesma coisa [de tempo] para gravar. O que tem agora é a experiência. tenho mais praticidade para explicar para os músicos o que eu quero", diz Amado, que se declara perfeccionista. "Ninguém toca uma nota se eu não estiver no estúdio."
O músico também mantém amizade com outros artistas.
“A loja aproximou. Eu conheci os representantes das gravadoras, conheci o dono da gravadora Chororó, representante do estado de Goiás. Aí ele convidou. ‘Não quer gravar?’. Eu falei ‘mas você vai deixar eu gravar o disco como eu quero?’. E foi assim que começou.”
Fã de Beatles, de Roberto Carlos e da Jovem Guarda, ele criou um estilo popular com letras de amor e melodias fáceis, muitas vezes misturando elementos do forró e do sertanejo. O rótulo de brega ele não aceita.
“Todo ser humano é romântico. Qual o problema? Alguém admira mas se não disserem que é bom ele fica meio com vergonha. Mas todo mundo gosta. Você vê Roberto Carlos, Paul McCartney, até hoje eles lotam estádios, agradam com a música popular.”O cantor também diz que nunca precisou fazer concessão sobre sua arte, que sempre gravou o que quis, do modo que desejou. "Sempre muito livre. Nunca tive ninguém me dizendo 'tem que gravar isso'. Fazia do jeito que queria."
O modo de fazer música continua o mesmo, ele garante. O que mudou foi só a tecnologia, diz ele ao lembrar que no começo da carreira as canções eram gravadas em apenas dois canais. O instrumental ficava em um, já mixado, e a voz ficava em outro.
Amado Batista com o maestro Otávio Basso (à direita, de óculos), responsável pelos arranjos dos primeiros sucessos do cantor, que completa 40 anos de carreira (Foto: Fernando Basso/Arquivo pessoal)
O músico também mantém amizade com outros artistas.
Jerry Adriani, Ângelo Máximo e Odair José está entre os "mais constantes", como ele diz. "Mas sou amigo também do pessoal dos Titãs, do Skank, Zezé Di Camargo, Bruno & Marrone, Netinho de Paula".
Com quatro décadas de estrada e 64 anos de vida, Amado Batista não vê fim para a carreira. Ele afirma gostar da natureza e de exercícios físicos, gosta de nadar em rios e de pedalar – tem 16 bicicletas espalhadas por suas propriedades em Goiás, São Paulo e Mato Grosso, onde construiu uma ciclovia de 2,5 km.
Amado diz que vai continuar a fazer música enquanto puder, mesmo que o sucesso desapareça. “Adoro cantar. Se as pessoas não me quiserem mais, vou cantar para os meus amigos, em casa. Mas vou cantar até o fim.”
Local: Bamboa Brasília
Endereço: Setor Hípico – Área especial – Conjunto 22 (em frente ao Zoológico)
Horário: 21h
Informações: (61) 3334-4450 / 9966-6963
Com quatro décadas de estrada e 64 anos de vida, Amado Batista não vê fim para a carreira. Ele afirma gostar da natureza e de exercícios físicos, gosta de nadar em rios e de pedalar – tem 16 bicicletas espalhadas por suas propriedades em Goiás, São Paulo e Mato Grosso, onde construiu uma ciclovia de 2,5 km.
Amado diz que vai continuar a fazer música enquanto puder, mesmo que o sucesso desapareça. “Adoro cantar. Se as pessoas não me quiserem mais, vou cantar para os meus amigos, em casa. Mas vou cantar até o fim.”
Foto: Divulgação
Amado
Batista
gravação de DVD de 40 anos de carreira
gravação de DVD de 40 anos de carreira
Endereço: Setor Hípico – Área especial – Conjunto 22 (em frente ao Zoológico)
Horário: 21h
Informações: (61) 3334-4450 / 9966-6963
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