JOLUSI FM (Rádio Web) Clique para ouvir

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A HISTÓRIA DA ODEON

Por: Antonio Paiva Rodrigues
Membro da Aci- Alomerce e Aouvirce.
(Paivinhajornalista)
Edição: Jorge Luiz da Silva.


Falar da história da Odeon não é tarefa fácil. Existem as nomenclaturas Odeon e Odeom, uma acentuada e terminada em (n) e outra com a terminação em (m). A origem das palavras tem como notoriedade variações de línguas de nossos antepassados. De odéon ao grego odeîon representa espetáculos ou peças teatrais vindo dos Antigos gregos, bem como teatro coberto destinado às audições de poetas e músicos. Também têm como sinonímia o auditório para espetáculos teatrais, cinematográficos, para concertos, atos de variedades, etc. De fato a empresa musical no Brasil trabalhava nesse ramo, principalmente na gravação de discos, até coleções históricas de artistas que fizeram sucesso no Brasil e no mundo. EMI-Odeon ou Odeon, no Brasil, foi uma gravadora que sobreviveu como uma subsidiária da EMI até a metade da década de 1980, quando acabou definitivamente.


A maioria dos lançamentos dos Beatles, incluindo os álbuns solos, apareceram pela Odeon no mercado da Alemanha, Japão, Espanha, América do Sul, e França; alguns destes demoraram para reconhecer a Apple Records, até 1971, mas voltaram a usar o selo da EMI-Odeon por volta de 1976. A EMI permanece no Brasil, pelo nome de EMI Music Brasil. Uma das melhores páginas da rede Mundial de Computadores ( Internet) nos fornecem dados interessantes e valiosos a Wikipédia. A Odeon Records foi uma gravadora fundada por Max Strauss e Heinrich Zunz em Berlim, Alemanha. Em 1904, a Odeon lançou o primeiro disco de dois lados para um gramofone. Em 1931, a Odeon fundiu-se com a representante filial da Columbia Records do Reino Unido, Electrola Records, HMV, Parlophone e outras marcas, para formar a EMI.


 Em 1936, o diretor da filial da Odeon foi forçado a se retirar e foi substituido pelo Dr. Kepler, um membro do Partido Nazista. Em 1939, a Odeon e a Electrola são colocadas e apontados por administradores nazistas. Quando os russos liberaram Berlim em 1945, eles destruíram a maioria de sua fábrica. Depois de 1945, a Odeon continuou a usar sua marca para impressões feitas para a África Oriental. No Brasil a marca sobreviveu como uma subsidiária da EMI (EMI-Odeon) até a metade da década de 1980, quando acabou definitivamente. Como os senhores podem notar a Odeon foi uma empresa grande, importante, instalou-se em vários países, inclusive no Brasil tem um acervo grandioso, valoroso e muito assediado pelos colecionadores. Nos Estados Unidos da América do Norte (EUA) uma gama muito extensa de gravadoras num total de 125.


Na realidade uma gravadora tem um papel especial e trabalha como gravadora ou editora discográfica sendo uma empresa que se especializa em fabricar, desenvolver, distribuir e promover gravações de áudio e vídeo, em vários formatos incluindo CDs, LPs, DVD-Audio, SACDs e cassetes. Com o fim da Odeon a Emi ficou com a incubência de levar a frente o sucesso e o abismo cultural que estava a cargo da Odeon. É de bom alvitre que frisemos que a EMI é a sigla de Electric and Musical Industries Ltd; é uma gravadora localizada na Inglaterra, mais precisamente em Londres e que mantém operações em 25 países; a EMI Group é uma das 4 maiores gravadoras do mundo.


 Uma empresa de respaldo e de grande peso no ramo musical e fonográfico. Pegamos um gancho na Wikipédia e anotamos o seguinte: “Foi formada em 1931 pela incorporação da Columbia Gramophone Company e Gramophone Company. Em 1957, para repor as perdas de seus negócios licenciados com a RCA Victor e Columbia Records, afinal, a "Columbia EUA" havia rompido os acordos com a EMI desde 1951, a EMI entrou no mercado americano adquirindo 96% das acões da Capitol Records. Durante as décadas de 1950, 1960 e 1970, a gravadora EMI obteve um grande sucesso no campo da música popular exemplo o José Augusto (cantor) nos anos 70 foi o primeiro brasileiro contratado pela EMI que conseguiu a fazer sucesso no exterior na época com o Regime Militar era muito dificil a vantagem foi com o seu Romantismo, através de suas marcas subsidiárias, tais como: Parlophone, HMV, Columbia Records da Austrália, Capitol Records e EMI-Odeon, Virgin Records , Apple Records e Copacabana Records.


 Isso fez da EMI uma das gravadoras mais conhecidas em todo o mundo, com uma lista de alguns dos artistas mais famosos em suas respectivas épocas, incluindo Tina Turner, David Bowie, The Beatles, Spice Girls, Queen, Roxette, Pink Floyd, Iron Maiden, The Byrds, The Hollies, The Beach Boys, Maria Callas, Legião Urbana, Cilla Black, Radiohead, Coldplay, Mamonas Assassinas e Thalía. Em março de 2006 a "EMI Group" entrou em negociações para a compra da Warner Music Group - este movimento no mercado fonográfico poderia reduzir de 4 "gigantes" do ramo, para apenas 3 - mas de acordo com o site da Warner, a proposta foi rejeitada. Então, a Warner voltou a mesa de negociações oferecendo a compra da EMI, que rejeitou a proposta. Representantes de ambos os lados continuam mantendo encontros e decidindo quem compra quem.
Lamentamos o desaparecimento da Odeon e com ela a história do rádio ficou bem mais difícil de se estudar, principalmente no aspecto relacionado a cantores, músicas e a história musical brasileira.


 Queremos ressaltar que para obtermos uma matéria de qualidade é necessário uma pesquisa séria e competente, pois não somos donos da verdade e não temos nenhum HD para arquivarmos todos os acontecimentos na memória, mas mesmo assim com estudos e pesquisas vamos nos inteirando de assunto e como cultura não deve ser guardada estamos repassando para aqueles que se interessem pela história da música no Brasil e no mundo.


Resumo
Fonte: performa.web.ua.pt/

Em 1902 foi implantada no Brasil a primeira gravadora de discos, a Casa
Edison. Até 1912, data da instalação da Fábrica Odeon (a primeira na América
Latina), as músicas eram gravadas no Brasil e os discos produzidos na
Alemanha. Esta gravadora traduziu em fonogramas as mais diversas
manifestações musicais brasileiras que, desde o século XIX, estavam em
constante processo de transformação. A maior parte dessa produção era no
campo da música popular e, em especial, a canção.


Neste primeiro momento da indústria fonográfica, o sistema de captação sonora, chamado de gravação
mecânica, ou acústica, possuía inúmeras limitações de registro, sobretudo no
campo das frequências dos sons. Nesse sistema físico de gravação – que se
baseava na pura captação das ondas sonoras em um disco de cera através de
um cone de metal, um diafragma e uma agulha – era preciso empreender um
grande esforço na projeção da performance vocal ou instrumental de modo a
conseguir um melhor registro. A gravação mecânica no Brasil foi utilizada até
1927, data em que o sistema foi substituído pela gravação elétrica.


Imigrante tchecoslovaco, de origem judaica instalou a Odeon no Brasil
Fonte: http://basilio.fundaj.gov.br/

A indústria fonográfica no Brasil teve sua primeira fábrica de discos – a Odeon – por iniciativa do imigrante tchecoslovaco, de origem judaica, Frederico Figner [Fred Figner]. A Odeon foi instalada no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, e manteve a liderança até 1924, quando o processo de gravação elétrica foi criado pela Victor Talking Machine, uma revolução na história da indústria fonográfica. Produziram-se, assim, os discos de 78 rpm (rotações por minuto) que reinaram até a década de 1960 e foram substituídos pelo LP (long playing = longa gravação), contendo entre quatro e doze músicas. No período de 1930 a 1960, o número de fábricas fonográficas no Brasil passou de três (Odeon, Victor e Colúmbia) para 150.












Imagens:
bimg2.mlstatic.com
culturadigital.org.br
1.bp.blogspot.com
parallelrealitiesstudio.files.wordpress.com
300discos.files.wordpress.com
eil.com
2.bp.blogspot.com
lulacerda.ig.com.br
3.bp.blogspot.com
4.bp.blogspot.com
downloadcult.com
img1.mlstatic.com
media-cdn.tripadvisor.com/
orfaosdoloronix.files.wordpress.com

13 comentários:

  1. As duas primeiras fotos estão erradas. mostram o cinema Odeon e não a gravadora Odeon!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Verdade! Mas foram essas as fotos que estavam disponibilizadas. Eu deverei ter colocado uma observação. Desculpe pela falha.

      Excluir
  2. Quem acabou comprando a EMI foi a Universal Music, por tabela detentora de seu acervo. A Parlophone pertence hoje à Warner Music.

    ResponderExcluir
  3. Alguém tem algum acervo da Odeon em 1960 e 1970

    ResponderExcluir
  4. Tudo que eu tenho da Odeon está na matéria postada. Se alguém tiver mais alguma informação fique a vontade para postar nesse espaço. Grato.

    ResponderExcluir
  5. alguem sabe quando a a Rua 6 da fabrica Odeon mudou para Rua Odeon e quando recebeu o numero 150? Grato.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vc pode se informar no site da camará municipal. é lá que estás leis são criadas.

      Excluir
    2. Emerson, informações no site da Câmara Municipal, segundo nosso amigo Antonio Alves.

      Excluir
  6. Meu pai, José de Sá, trabalhou no escritório da EMI Odeon nos anos 60 e 70. Me recordo do escritório da rua Evarisco da Veiga no Rio de Janeiro e da fábrica em São Bernardo do Campo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Secretariei o Sr. José de Sá de 1967 até 1970, quando pedi demissão, pois havia passado para a Petrobrás. Ele era o chefe do Departamento Internacional. Todas as novidades de lançamentos internacionais chegavam para ele. Justamente na Rua Evaristo da Veiga, num sobrado antigão. Corri muito das manifestações contra o regime militar. Tudo acontecia ali na Cinelândia. Do Quartel da polícia, que tem na mesma rua, saía a cavalaria jogando gás lacrimogêneo. Era um terror!

      Excluir
  7. Olá, ótima texto! Você sabe onde ficava o estúdio de gravação da Odeon no Rio de Janeiro?

    ResponderExcluir
  8. Ficava na Av. Rio Branco, não me lembro o número, mas, era na Cinelândia, lado oposto do Bar Amarelinho e Cine Odeon.

    ResponderExcluir

SJC


contador de site