Texto: Ana Clara Brant (Cultura/divirta-se)
Fonte: clubedorei.com.br
Fotos:
Reprodução / Google
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação Itinerante)
Novo disco da cantora estava previsto para ser lançado em março de 2015.
Foto: Kátia Garcia Oliveira
"Minha
história ia ajudar e inspirar muitas pessoas, sobretudo os deficientes
visuais" diz a cantora Kátia.
Lá
se vão 36 anos desde que a cantora e compositora Kátia lançou o seu primeiro
disco, um compacto que levava apenas seu nome e trazia as canções Tão só e
Sensações.
De volta aos estúdios depois de oito anos sem gravar, a artista
carioca, que ficou famosa nos anos 1980 com o hit 'Qualquer jeito' ("Não
está sendo fácil/ Não está sendo fácil viver assim/ Você está grudado em
mim"), está preparando álbum que estava previsto para chegar ao mercado em
março de 2015.
"Está no comecinho e é uma experiência bem legal.
Tenho
duas músicas minhas prontas e uma com Biafra, amigo de longa data, que fará
participação especial.
O disco deve ter regravações, mas tudo ainda está indefinido",
conta.
A cantora está negociando como será a veiculação do produto, se em
formato digital ou físico.
"Hoje, o mercado mudou bastante e a gente tem
que se adequar.
Vamos deixar a coisa fluir", diz Kátia.
Quem
pensa que a artista, deficiente visual desde que nasceu, parou de cantar, está
muito enganado. Os shows podem até ter se reduzido ao longo dos anos, mas não
cessaram. "É claro que quando você está fora da mídia, o movimento cai.
Mas isso não significa que você está afastada de tudo. Nunca deixei de subir no
palco e me apresentar. Rodo o país todo. E é interessante como tem gente de
todas as gerações que vai me ver. Continuei com várias atividades, e tocando a
minha vida pra frente", assegura.
Mas,
de um tempo pra cá, Kátia Garcia Oliveira está de volta aos holofotes,
principalmente depois das reprises de programas como 'O Cassino do Chacrinha' e
'Globo de Ouro', no Viva. Aliás, o canal de TV paga está apresentando 10 novas
edições do Globo de Ouro comandadas por Juliana Paes e Márcio Garcia. Kátia está
entre os convidados da atração, além de Adriana, Angélica, Dalto, Benito di
Paula, João Penca e seus Miquinhos Amestrados e muitos outros. "Foi bem
bacana participar. Depois dessa exposição toda tenho recebido muitos convites.
Entretanto, a gente tem que fazer uma triagem", pontua.
Aos
4 anos, a artista já trilhava seus primeiros passos e a família percebeu seu
interesse pela música. Tanto é que logo ganhou do avô um piano. "Toco de
tudo um pouco. Violão, bateria", enumera. Foi por intermédio do pai, Waldir
Cunha, que ela conheceu seu padrinho musical, Roberto Carlos. "Eles eram
amigos de juventude, dos tempos do rock. Logo que o Roberto veio para o Rio,
papai ficou amigo da turma toda. Dele, do Erasmo e do Tim Maia. Eu e minha
família temos uma ligação muito forte com o Roberto até hoje. Ele foi e é uma
pessoa fundamental na minha vida e na minha trajetória artística", frisa a
cantora e compositora, que chegou a emplacar músicas em várias novelas, como 'O
amor é nosso' e 'Araponga', da Globo, e 'O todo-poderoso', na Bandeirantes.
Tanto
é que o Rei a presenteou com aquele que seria um dos maiores sucessos de
'Kátia, Lembranças' ("Eu já nem me lembro/ Quanto tempo faz/ Mas eu não me
esqueço/ Que te amei demais"), feita em parceria com Erasmo Carlos. A composição
ultrapassou a marca de 1 milhão de cópias vendidas, cifra difícil para a época,
além de permanecer durante seis meses em primeiro lugar em todas as rádios do
país.
Novas
mídias adepta das novas tecnologias, Kátia utiliza um programa que transforma
em áudio tudo o que está no computador, o que facilita sua comunicação com
amigos, familiares e sobretudo fãs. "A gente tem que se adequar às novas
mídias. Se antes era apenas o rádio e a televisão, hoje tem Facebook, Twitter.
Se tivesse mais tempo, até utilizava mais", declara a artista, que também
se dedica a projetos voltados para deficientes visuais.
Aliás,
Kátia pensa um dia lançar sua biografia - só não sabe se escrita por ela
própria ou por alguém próximo -, que poderia servir de exemplo para muita gente
como ela. "Minha história ia ajudar e inspirar muitas pessoas, sobretudo
os deficientes visuais. Mas é preciso ter tempo para isso. Por enquanto, minha
rotina está bem atribulada", explica.
Apesar
de a música ter permeado sua vida desde garota, Kátia chegou a pensar em ser
psicóloga na juventude. "O artista não deixa de ser um psicólogo também,
porque a música é um alimento para a alma", reflete.
Não está sendo
fácil
O
maior sucesso de Kátia, 'Qualquer jeito', é versão da música 'It should have been
easy', do compositor norte-americano Bob McDill, feita pela dupla Roberto
Carlos e Erasmo Carlos. O hit estourou nas rádios de todo o Brasil em 1987 e
até hoje é associado à cantora. Foi a canção escolhida por ela para se
apresentar no programa Globo de Ouro, que está sendo resgatado pelo Canal Viva,
na TV paga.
Notícia
enviada gentilmente por Jubem Polvora.
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