Fonte: G1.Globo.com
Imagens: Google
Edição:
Jorge Luiz da Silva
Salvador,
BA (da redação Itinerante)
Coletânea lançada nesta semana cobre grande parte das fases do músico.
Capa de edição traz uma fotografia tirada por Jimmy King em 2013.. Da EFE
O
cantor britânico David Bowie celebra 50 anos de carreira com "Nothing has
changed", uma ambiciosa antologia que reflete a diversidade de rostos que
cultivou ao longo de sua vida um músico que não se parece nunca com si mesmo.
Aos
67 anos, o inglês aproveita a ocasião para lançar um novo single, "Sue (Or
In A Season Of Crime)", uma obscura peça de quase oito minutos que brinca
com um estilo de jazz atonal que já tinha explorado ocasionalmente em sua longa
trajetória.
A
publicação da coletânea foi complementada com a estreia no Reino Unido do filme
"David Bowie Is", um documentário em torno da exposição dedicada ao
artista pelo popular Museu Victoria & Albert de Londres em 2013.
Lançado
nesta semana, "Nothing has changed", tem duas versões - CD duplo ou
triplo - e é a nova prova de vida de um artista que desvaneceu durante quase
uma década antes de lançar ano passado, de surpresa, seu último álbum de
estúdio, "The next day".
A
nova coletânea cobre grande parte dos períodos do músico: desde o adolescente
David Jones que entrou em um estúdio pela primeira vez em 1964 para gravar
"Liza Jane", um rock de sabor clássico, ao dândi de culto que em 2013
assinou sua ressurreição musical com 14 novas músicas. Entre esses dois
extremos, Bowie foi o "mod" londrino do fim dos anos 60, o
extraterrestre andrógino Ziggy Stardust dos 70, o cavaleiro expressionista de
sua etapa alemã e inclusive o arlequim do início dos anos 80.
Para
englobar essa pluralidade de facetas, o músico escolheu como título de seu novo
trabalho um fragmento de "Sunday", incluído em seu 22º álbum,
"Heathen" (2002). "Para dizer a verdade, isto é o princípio do
nada. E nada mudou. Tudo mudou", cantava há mais de uma década Bowie, que
em 1972 ficou no topo das paradas com "Changes", uma reivindicação de
sua imutável personalidade.
Bowie,
nascido no londrino bairro de Brixton e estabelecido em Nova York há anos,
escolheu três capas distintas para as diversas versões de seu novo
"greatest hits". Todas elas têm como ponto comum sua imagem refletida
em um espelho. A edição de luxo traz uma fotografia tirada por Jimmy King em
2013 na qual Bowie observa sua própria imagem de homem maduro, com o cabelo
penteado para trás.
A
edição de dois CDs, por outro lado, retoma uma imagem de 1975, tirada por Steve
Schapiro, na qual o músico, no ápice da juventude e com o cabelo crespo, se
observa em um pequeno espelho. A capa do vinil também volta aos primeiros anos
de carreira do cantor, com uma foto tirada em 1972 por Mick Rock na casa que
Bowie tinha em Beckenham, ao sul de Londres.
Ainda
há outro novo produto à venda para os fãs de Bowie, um single de dez polegadas
com "Sue (Or In A Season Of Crime)" no lado A e com "This A Pity
She's A Whore", uma nova música experimental com tinturas eletrônicas, no
lado B. Essa música, produzida mais uma vez por Tony Visconti, um dos
colaboradores mais antigos de Bowie, é a principal novidade de uma compilação
que oculta algumas outras joias.
Estão
no repertório "Let Me Sleep Beside You", uma gravação inédita que foi
feita nas sessões do álbum "Toy" (2001); "Your Turn To
Drive", até agora só disponível em formato digital, e uma reedição de
"Shadow Man", de 1971.
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