Texto: Bráulio Lorentz. Fonte: G1.globo.com
Fotos: Max Herman/T4F/Divulgação.
Edição: Jorge Luiz da Silva
Serrinha, BA (da redação Itinerante)
Cantora
faz festa do pijama em 'cama gigante'.
Apresentação
tem partes bizarras; ela faz 3 shows no Brasil em setembro.
Miley
Cyrus encerra turnê nos Estados Unidos com show em Chicago.
Em setembro, ela passa pelo Brasil.
Fale o
que quiser de Miley Cyrus. Mas não vale dizer que falta cara de pau no show da
cantora americana, que passa pelo Brasil em setembro. No encerramento da turnê
nos Estados Unidos, ela mostrou um "planeta bizarro" que tem gatinho
cantor no telão, festa do pijama em uma cama gigante, cachorro quente voador,
bichos de pelúcia saltitantes... E um pouquinho de country. O circo da popstar
de 21 anos é divertido, uma superprodução.
Com
afinação inversamente proporcional ao tamanho de seus shortinhos, meninas
cantaram cada música do set de Miley. Em Chicago, as
cadeiras foram na maior parte ocupadas por garotas entre 12 e 18 anos. Garotos
eram poucos, muitos deles conquistados por Miley ainda no tempo que ela era a
estrela da série "Hannah Montana", da qual ela se mostra cada vez
mais longe.
Miley
tem bastante chão para dançar. São três espaços: um palco com banda, outro para
ela e seus dançarinos e um terceiro para um set acústico já perto do fim do
show. A banda tem baterista, tecladista, dois guitarristas, duas vocais de
apoio e um rapaz encarregado de soltar sons pré-gravados.
Assumidamente
“de ressaca”, ela faz de tudo para agradar. Interage com qualquer objeto que o
público joga no palco. Usa uma jaqueta do Chicago Bulls, time de basquete
local, e se abraça em dois unicórnios de brinquedo. Depois, simula fazer sexo
com suas dançarinas usando um pênis inflável também arremessado por algum(a)
admirador(a).
As fãs
acham graça de tudo. Vibram com cada estripulia. Recebem bem as já citadas
inserções de country no repertório, como em "Do my thang". Nesse
momento, dez dançarinas lotam o palco e um dos guitarristas toca banjo. Miley
usa a perna de uma mulher como se estivesse com uma guitarra. É o mais perto
que chega de tocar algum instrumento musical.
O
faniquito no United Center faz doer o ouvido na boa "#Getitright". É
quando rola a tal de festa do pijama. Miley e dançarinos ficam de roupas
íntimas, deitados na cama. Lá pelo meio da música, ela puxa o shorte de um
dançarino para ver o que tem por baixo. Faz um gesto com a mão, o mesmo que
costuma ser feito por dançarinos de axé no fim da coreografia de "Lepo
Lepo". A falta de sutileza faz a plateia dar risada, mas momentos de mais
ternura também encantam o fã-clube de "smilers".
Na balada
"Adore you", Miley bota uma "câmera do beijo" no telão. É
algo comum nos estádios e ginásios americanos. Duas pessoas são filmadas para
que elas se beijem.
Set
acústico e final festeiro
Os três
maiores sucessos ficam para o final. "We can't stop", "Wrecking
ball" e "Party in the U.S.A." são tocadas com arranjo
infinitamente mais pesado do que o de estúdio. Quem não curte rock e prefere a
cadência do hip hop pode até estranhar.
Na
última da noite, símbolos dos Estados Unidos são representados por dançarinos.
Tem Liberty Bell (uma anã fantasiada de sino), Monte Rushmore, Estátua da
Liberdade e um homem que imita o presidente Abraham Lincoln, no qual a cantora
simula fazer sexo oral.
Mas a parte
favorita de Miley é a anterior: o momento em que canta em um palquinho montado
perto da arquibancada mais distante. Nesta noite, Miley escolheu versões da
americana Lana Del Rey (“Summertime sadness”); dos Beatles (“Lucy in the sky
with diamonds”); e de Dolly Parton (“Jolene”, country com direito a selfie no
meio da música).
“Esta é
minha parte favorita do show”, conta, empolgada. Ela acrescenta que não está
nos planos fazer shows sempre com “toda esta m...”. Não exagera, Miley...
Nota: o jornalista viajou a convite da Time For Fun
Nenhum comentário:
Postar um comentário