Fonte: www.elbaramalho.com.br
Informações: wikipedia.org
Fotos: Google.com.br
Nasceu em Conceição-PB, em 17 de agosto de 1951
Filhos: Luã Mattar, Maria Clara Lopes, Maria Paula Ramalho, Maria Esperança Lopes
Cônjuge: Gaetano Lopes (de 1995 a 2008), Maurício Mattar
Filme: Dançando Lambada
Edição:
Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação
Itinerante).
Elba Maria Nunes Ramalho é uma cantora e atriz brasileira.Nasceu em Conceição-PB, em 17 de agosto de 1951
Filhos: Luã Mattar, Maria Clara Lopes, Maria Paula Ramalho, Maria Esperança Lopes
Cônjuge: Gaetano Lopes (de 1995 a 2008), Maurício Mattar
Filme: Dançando Lambada
O INÍCIO
Filha do
sertão nordestino, dona de um timbre inconfundível e de uma energia
eletrizante, Elba Ramalho mantém a verve de iniciante e continua a contagiar o
público por onde passa e a levar seu canto agridoce para as mais diversas
platéias nacionais.
Com três
décadas de carreira, a Ave de Prata continua a dar um banho de musicalidade.
São mais de
30 anos de uma carreira iniciada no final da década de 70, quando, após
integrar o elenco da montagem original da peça “A ópera do malandro”, de Chico
Buarque, surpreendeu o país com o LP “Ave de Prata”, inspirado na composição
homônima de Zé Ramalho.
O disco já
incluía canções de compositores nordestinos, uma das marcas da cantora ao longo
da carreira, além da faixa “Não sonho mais”, de Chico Buarque.
Filha do
nordeste brasileiro, nascida no alto sertão da Paraíba, sob o signo de Leão,
cercada de religiosidade e fé, Elba herdou a musicalidade de seu pai, que a
despertou cedo para a mais sublime das formas de comunicação; a música.
Foi também
rodeada pelo solo seco e vegetação árida que a cantora se familiarizou cedo com
os mais diversos ritmos da região: baião, maracatu, xote, frevo, pastoril,
caboclinhos e forrós. Gêneros que preservam a pureza de uma cultura
eminentemente popular.
NOS ANOS 70
Elba iniciou
a experiência musical tocando bateria no conjunto “As Brasas”, formado somente
por mulheres.
Isso foi em
1968, ano em que também cursava as faculdades de Economia e Sociologia.
Foram cinco
anos de estudos, mas o diploma não veio.
O conjunto
musical se transformou em grupo teatral.
Mesmo
optando pelo teatro, Elba continuava a cantar, participando de diversos
festivais pelo nordeste.
Em 1974,
trocou a Paraíba pelo sul do país, chegando ao Rio de Janeiro com o Quinteto
Violado.
Na capital
fluminense se estabeleceu como atriz de teatro, mas sempre em musicais, onde a
atriz encontrava a intérprete.
Em 77,
participou de “Morte e vida severina”, filme inspirado na obra de João Cabral
de Melo Neto.
Em 78,
integrou o elenco da peça “A ópera do malandro”, de Chico Buarque.
Sua
interpretação de “O meu amor” com Marieta Severo lhe valeu prêmios e seu
primeiro contrato como cantora com a gravadora CBS.
PRIMEIRO
TIME DA MPB
Rapidamente
desponta no meio musical e passa a integrar com justiça o primeiro time da
música popular brasileira. Popular brasileira, esta é a palavra-chave de sua
trajetória.
Os discos se
seguiram a cada ano, juntamente com shows que cada vez marcavam mais o seu
domínio dos palcos.
Seus
espetáculos abrangem todos os públicos.
São shows em
grandes teatros, arenas, feiras agropecuárias, festivais de jazz, festas
juninas, carnavais, festivais de rock, convenções e todos os tipos de eventos.
Sua voz
única já foi igualmente ovacionada nos grandes palcos internacionais, como o
Olympia, de Paris, o Blue Note, de Nova York, o Brixton Academy, de Londres, e
o Festival de Montreaux, na Suíça.
Elba
justifica a imensa abrangência do seu público pela versatilidade do seu
trabalho.
Não existe
nada de standard em seu canto, que domina com a mesma propriedade canções
típicas do nordeste brasileiro, baladas românticas, rocks, sambas e até o blues
norte-americano.
FLOR DA
PARAÍBA
Em 96, lança
o bem sucedido LP “Leão do Norte”, inspirada na canção de Lenina e Paulo Cesar
Pinheiro que exalta a cultura pernambucana.
O show
homônimo, dirigido por Jorge Fernando, é sucesso absoluto em todo o Brasil e
arremata o prêmio de “Melhor show do ano”, pela Associação de Críticos de Arte
de São Paulo.
Naquele
mesmo ano, excursiona com o show “O grande encontro”, juntamente com Alceu
Valença, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo.
O primeiro
disco da trilogia vende mais de 1 milhão de cópias e se firma como repertório
essencial de uma época.
“Baioque” é
o projeto musical de 1997.
Enquanto
disco, Elba repetiu o sucesso anterior ao entregar a produção musical a
Robertinho do Recife.
Como show,
mais uma vez Elba firma parceria com Jorge Fernando e arrebata as platéias de
norte a sul.
Logo em
seguida, lança mais um grande sucesso, “O grande encontro II”, desta vez com
Geraldo Azevedo e Zé Ramalho. E mais uma vez, roda todo o Brasil em turnê.
No ano de
98, é a vez de “Flor da Paraíba”, um CD no qual Elba escolheu um repertório em
que resgata os sentimentos nordestinos.
A intérprete
buscou jóias do cancioneiro que valorizam a riqueza do universo da MPB.
O nome do
álbum é inspirado em uma dedicatória feita, há muitos anos, por Caetano Veloso,
quando a cantora acabara de chegar ao Rio de Janeiro para despontar no meio
musical.
VINTE ANOS
Em 1999,
Elba Ramalho comemorou “Vinte anos de carreira”.
Às vésperas
do novo milênio, preparou o álbum duplo “Solar”, com uma parte gravada em
estúdio, durante os festejos juninos na Concha Acústica do Teatro Castro Alves,
em Salvador, e outra ao vivo, com arranjos de Wagner Tiso (“Canção da
despedida” e “Imaculada”) e Jaques Morelenbaum (“Palavra de mulher”).
O disco
conta com as participações de Chico Buarque (“Não sonho mais”), Zé Ramalho
(“Ave de prata”), Lenine (“Nó Cego”), Nana Caymmi (“Imaculada”), Geraldo
Azevedo (“Kukukaya”), Margareth Menezes (“Quem é muito querido a mir”) e, tem
participações de Dominguinhos (“Retrato da vida”) e Alceu Valença (na inédita,
“Trem das ilusões”).
Em seguida
ao lançamento do CD no Brasil, Elba segue em turnê para a Europa, passando por
festivais de diversos países, entre eles em Portugal, Itália, Alemanha, Suíça e
França.
GRANDES
ENCONTROS
O ano 2000
volta a reunir novamente Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho com o CD e
DVD “O grande encontro III – Ao vivo”, gravados durante um show no Rio de
Janeiro com participações especiais de Lenine, Belchior e Moraes Moreira.
Inquieta,
Elba não para, seguindo com Geraldo Azevedo para Los Angeles, EUA, onde
gravaram um disco ao vivo.
No
repertório do disco, destinado ao mercado norte-americano, estão os maiores
sucessos dos dois artistas. Retornando ao Brasil, Elba recebe o convite para
participar do Rock In Rio III, juntamente com Zé Ramalho.
Os primos
preparam um grande show, relembrando vários sucessos na cidade do rock.
Vale frisar
que Elba é a única artista brasileira a participar de todas as edições do Rock
In Rio no Brasil.
O CD
“Cirandeira” foi o lançamento de 2001.
Repleto de
forrós, xotes e baiões, o trabalho quebrou as barreiras do regionalismo e
conquistou o sul do Brasil.
Lenine abre
o disco com a música-título “Cirandeira”, transportando o ouvinte ao mar de
Itamaracá.
Os trabalhos
que vieram na seqüência em 2002, 2003 e 2005 marcaram homenagens ao nordeste
brasileiro e seus grandes compositores.
Em “Elba
Canta Luiz”, de 2002, a paraibana se volta para a obra do rei do baião,
principal nome responsável pela popularização dos gêneros nordestinos no eixo
Rio-São Paulo.
Elba
transita com familiaridade por canções como “O xote das meninas” e “Vem
morena”.
O CD rendeu
ainda belo DVD gravado no Rio de Janeiro.
Ainda na
mesma seara do velho sertão, a cantora lança no ano seguinte “Elba ao vivo”,
que inclui – além de clássicos de Luis Gonzaga, como “Asa branca”, “Qui nen
jiló” e “Assum preto” – a bela “Luar do sertão”, de João Pernambuco e Catulo da
Paixão Cearense.
Elba busca
de renovação e retorna ao estúdio em 2007, quando lança o CD “Qual o assunto
que mais lhe interessa?”, em que atualizou o repertório, mantendo a coerência
artística de seus projetos anteriores.
Produzido
por Lula, Yuri e Tostão Queiroga, o CD coloca em discussão temas que ocupam os
noticiários e questionam a contemporaneidade.
Dos
nordestinos habituais – frevo, boi maranhense, ciranda, xote – ao samba
tradicional bem ao gosto do carioca, Elba transgride rótulos e dilui fronteiras
entre canções nunca registradas em sua voz e inéditas.
O álbum lhe
valeu o Grammy Latino 2008 na categoria regional contemporâneo e inspirou o DVD
“Raízes e antenas”, lançado em 2008, que retrata a atual fase da artista em
misto de documentário e registro ao vivo.
Elba
retornou a Conceição, sertão paraibano onde nasceu e rememorou sua origem ao
lado de seu pai, João Nunes, de 90 anos.
Sua
intimidade familiar aparece em recortes na bela “casa-refúgio” em Trancoso ou
em sua residência no Rio, que fornecem um perfil humano da artista.
O ano de
2009 marca as três décadas de estrada.
A artista já
prepara o álbum “Balaio de amor”, em que retorna ao nordeste num álbum de
baladas românticas com canções da nova safra de compositores do nordeste.
E dessa
maneira, Elba segue firme, levando seu canto maduro e ainda hoje marcado pela
originalidade e beleza.
Em 2010, o
momento de comemorar, com a gravação do DVD e CD do “Marco Zero Ao Vivo”,
gravado no Recife.
E em 2012, o novo disco de inéditas, “Vambora Lá
Dançar”.
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