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domingo, 2 de dezembro de 2012

O sexto disco: Lançado pelo selo Itaipu



Em 1982, o cantor serrinhense, Jorge Luiz, após se desligar da gravadora Continental assinou contrato imediatamente com o selo Itaipu para lançar o Compacto-Duplo com as músicas: Mãos Vazias, em parceria com J.B. Araújo; Hippie ou Vagabundo, em parceira com Nilton Mendes; Regina e Campo de Batalha, ambas de sua autoria.
O novo disco foi gravado no Mosh, estúdio pertecente a dois integrantes do Conjunto Musical “PHOLHAS”, Osvaldo Malagutti e Hélio Santistiban.

Letras das Músicas:
MÃOS VAZIAS
(Composição de: JORGE LUIZ E J.B. ARAÚJO)

SE A VIDA FOSSE COMO EU SONHEI
EU NÃO PASSARIA PELO QUE PASSEI
MUITOS ME CONHECEM SEM SABER QUE EU JÁ SOFRI DEMAIS
E SE VOU TER PAZ SÓ QUEM SABE É DEUS.

JÁ FUI SAQUEADO, NÃO FUI RESSARCIDO
MAL INTERPRETADO, EU FUI COAGIDO
JÁ FUI ODIADO POR ENTES QUERIDOS
NEGLIGENCIADO ATÉ POR AMIGOS.
                  
JÁ FAZ TANTO TEMPO QUE TRISTONHO EU SEI
QUE O MAL VENCEU E QUE O BEM MORREU
QUANDO MAIS PRECISO AJUDAR ALGUÉM
TENHO AS MÃOS VAZIAS, SINTO A ALMA FRIA E CHORO TAMBÉM.

JÁ FUI SAQUEADO, NÃO FUI RESSARCIDO (Refrão...)

APESAR DE TUDO NÃO TOMO VENENO
MEU MAR SE ENFURECE NÃO AFROUXO O REMO
SOU UM MOÇO TRISTE, MEU MUNDO É PEQUENO
VIVER É DIFÍCIL, MAS ESTOU VIVENDO (Bis)

 HIPPIE OU VAGABUNDO
(Composição de: Jorge Luiz e Nilton Mendes)

DE PASSO EM PASSO CAMINHANDO SEM CESSAR
DE RASTRO EM RASTRO SÓ POEIRA ATRÁS DE MIM.
VOU PERCORRENDO OS POVOADOS
DE CIDADE EM CIDADE
REFUGIANDO SEM TER PÁTRIA E SEM TER LAR
PELAS RUAS DA VERDADE
E QUE IMPORTA SE ME CHAMAM
HIPPIE OU VAGABUNDO
E QUE IMPORTA SE ME CHAMAM
HIPPIE OU VAGABUNDO
DE HORA EM HORA MEU DESTINO É CAMINHAR
NO DIA A DIA EU PROCURO NOVO LUGAR
ANDO PELO MUNDO SEM DESTINO
DESDE QUE ME RECONHECI
À PROCURA DE ALGO
QUE NEM MESMO EU SEI DEFINIR
E QUE IMPORTA SE ME CHAMAM
HIPPIE OU VAGABUNDO (Bis)

R E G I N A
(Jorge Luiz da Silva)

REGINA OLHE NOSSA ESTRELA, VEJA COMO BRILHA,
ILUMINA NOSSA TRILHA.
NÃO DEIXE QUE ELA PERCA O BRILHO, POIS SE ISSO ACONTECER
PODEREMOS NOS PERDER.
REGINA, OS CAMINHOS QUE TRILHAMOS
E AS ESTRADAS QUE PASSAMOS
SÃO POR DEMAIS OBSCURAS
E POR ISSO EU LHE PEÇO GENTILMENTE
FAÇA NOSSA ESTRELA BRILHAR PERMANENTEMENTE
FAÇA NOSSA ESTRELA BRILHAR PERMANENTEMENTE.

REGINA, VIVA MINHA VIDA, DEIXE-ME VIVER A SUA
NÃO VIVA COMO A LUA
QUE GUARDA TANTOS SEGREDOS MAS NO FINAL
É NOTÍCIA DE JORNAL.
REGINA, A VIDA QUE NÓS VIVEMOS
E O MEIO EM QUE CONVIVEMOS
É MUITO DIFÍCIL, EU SEI
E POR ISSO EU LHE PEÇO NOVAMENTE
FAÇA NOSSA ESTRELA BRILHAR PERMANENTEMENTE
FAÇA NOSSA ESTRELA BRILHAR PERMANENTEMENTE.

CAMPO DE BATALHA
Letra e Música: Jorge Luiz da Silva

EXISTEM HOMENS NA TERRA
QUE TRAZEM NO PEITO A AMBIÇÃO
NÃO SABEM O MAL QUE CAUSAM
E QUE SEGUEM O CAMINHO DA PERDIÇÃO.
ALGUNS ATÉ CHEGAM A PENSAR
QUE SÃO OS DONOS DO MUNDO
NÃO COMPREENDEM QUE ASSIM
SERÃO TRAGADOS POR UM ABISMO PROFUNDO
DEUS FEZ DA TERRA UM PARAÍSO
NÃO UM CAMPO DE BATALHA ETERNO
EXPOSTO A TANTAS LUTAS SEM FINAL
SERÁ TRANSFORMADO NUM INFERNO.
É PRECISO QUE COMPREENDAM
QUE SOMENTE DEVE REINAR A PAZ
E SE TODOS SE UNIREM NUM SÓ
HAVERÁ UM MUNDO MELHOR.
E TUDO ISSO NÃO PASSA DE LOUCURA E AMBIÇÃO
QUE LEVARÁ O MUNDO INTEIRO
AO CAOS, À TRISTE DESTRUIÇÃO.


PHOLHAS
A banda foi criada em 1969 com a seguinte formação: Helio Santisteban (teclado), Paulo Fernandes (bateria), Oswaldo Malagutti (baixo) e Wagner "Bitão" Benatti (guitarra), com os quatro se revezando nos vocais. Começaram fazendo covers de bandas dos EUA e Inglaterra e passaram a compor também em inglês.

Seu primeiro LP, "Dead Faces", lançado em 1972 pela RCA, continha apenas canções em inglês. Um compacto simples extraído desse álbum, com a música "My Mistake", chegou ao primeiro lugar das paradas, vendendo 400 mil cópias em apenas três meses. Em seguida, outras canções foram lançadas em compactos, como "She Made Me Cry", "I Never Did Before" e "Forever", todas atingindo vendagem superior a 300 mil cópias. Em 1975, o álbum de estréia foi lançado no mercado hispânico com o título de "Hojas", dando ao grupo mais um Disco de Ouro.

Em 1977 o grupo mudou de orientação, lançando o LP "O Som das Discotheques", com covers dos principais sucessos do gênero, e chegando a 150 mil cópias vendidas.

Logo em seguida, Hélio Santisteban resolveu seguir carreira solo e em seu lugar entrou Marinho Testoni, ex-Casa das Máquinas. Isso levou a outra mudança no grupo, que lançou um disco de rock progressivo, e pela primeira vez com letras em português. O disco vendeu bem menos que os anteriores, mas tornou-se cult para um segmento de público.

 Em 1978, foi Oswaldo Malagutti quem deixou a banda, sendo substituído pelo baixista João Alberto, também ex-"Casa das Máquinas". Malagutti criou com Santisteban o Estúdio MOSH (acrônimo de seus nomes) e até hoje trabalha com produção e masterização de CDs e DVDs musicais.

Em 1980 Hélio Santisteban retornou ao grupo, que retomou a tradição de cantar e compor em inglês, lançando então o LP "Memories". Poucos meses depois, com a saída de Marinho, o Pholhas chegou à seguinte formação: Bitão (guitarra), Paulo Fernandes (bateria), Hélio Santisteban (teclados) e João Alberto (baixo).

No final de 2007 Hélio Santisteban deixa definitivamente a banda, a partir de então Bitão, Paulinho e João Alberto resolvem não ter mais um tecladista fixo e sim um tecladista especialmente convidado para cada apresentação. Essa formula deu tanto certo que virou um atrativo a mais dos shows.


Ainda na estrada depois de 42 anos, a banda PHOLHAS continua apresentando espetáculos em todo o Brasil e exterior, com recriações de sucessos do rock inglês e norte-americano, especialmente de Bee Gees, Creedence Clearwater Revival, Elvis Presley, Rolling Stones e Beatles.

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