Em 1982, o cantor serrinhense, Jorge Luiz, após se desligar da gravadora
Continental assinou contrato imediatamente com o selo Itaipu para lançar o
Compacto-Duplo com as músicas: Mãos Vazias, em parceria com J.B. Araújo; Hippie
ou Vagabundo, em parceira com Nilton Mendes; Regina e Campo de Batalha, ambas
de sua autoria.
O novo disco foi gravado no Mosh, estúdio pertecente a dois integrantes do Conjunto
Musical “PHOLHAS”, Osvaldo Malagutti e Hélio Santistiban.
Letras das Músicas:
MÃOS VAZIAS
(Composição de: JORGE
LUIZ E J.B. ARAÚJO)
SE A VIDA FOSSE
COMO EU SONHEI
EU NÃO PASSARIA
PELO QUE PASSEI
MUITOS ME
CONHECEM SEM SABER QUE EU JÁ SOFRI DEMAIS
E SE VOU TER PAZ
SÓ QUEM SABE É DEUS.
JÁ FUI SAQUEADO,
NÃO FUI RESSARCIDO
MAL
INTERPRETADO, EU FUI COAGIDO
JÁ FUI ODIADO
POR ENTES QUERIDOS
NEGLIGENCIADO
ATÉ POR AMIGOS.
JÁ FAZ TANTO
TEMPO QUE TRISTONHO EU SEI
QUE O MAL VENCEU
E QUE O BEM MORREU
QUANDO MAIS
PRECISO AJUDAR ALGUÉM
TENHO AS MÃOS
VAZIAS, SINTO A ALMA FRIA E CHORO TAMBÉM.
JÁ FUI SAQUEADO,
NÃO FUI RESSARCIDO (Refrão...)
APESAR DE TUDO
NÃO TOMO VENENO
MEU MAR SE
ENFURECE NÃO AFROUXO O REMO
SOU UM MOÇO
TRISTE, MEU MUNDO É PEQUENO
VIVER É DIFÍCIL,
MAS ESTOU VIVENDO (Bis)
(Composição de: Jorge
Luiz e Nilton Mendes)
DE PASSO EM PASSO
CAMINHANDO SEM CESSAR
DE RASTRO EM
RASTRO SÓ POEIRA ATRÁS DE MIM.
VOU PERCORRENDO
OS POVOADOS
DE CIDADE EM
CIDADE
REFUGIANDO SEM
TER PÁTRIA E SEM TER LAR
PELAS RUAS DA
VERDADE
E QUE IMPORTA SE
ME CHAMAM
HIPPIE OU
VAGABUNDO
E QUE IMPORTA SE
ME CHAMAM
HIPPIE OU
VAGABUNDO
DE HORA EM HORA
MEU DESTINO É CAMINHAR
NO DIA A DIA EU
PROCURO NOVO LUGAR
ANDO PELO MUNDO
SEM DESTINO
DESDE QUE ME
RECONHECI
À PROCURA DE
ALGO
QUE NEM MESMO EU
SEI DEFINIR
E QUE IMPORTA SE
ME CHAMAM
HIPPIE OU
VAGABUNDO (Bis)
R E G I N A
(Jorge Luiz da
Silva)
REGINA OLHE
NOSSA ESTRELA, VEJA COMO BRILHA,
ILUMINA NOSSA
TRILHA.
NÃO DEIXE QUE
ELA PERCA O BRILHO, POIS SE ISSO ACONTECER
PODEREMOS NOS
PERDER.
REGINA, OS
CAMINHOS QUE TRILHAMOS
E AS ESTRADAS
QUE PASSAMOS
SÃO POR DEMAIS
OBSCURAS
E POR ISSO EU
LHE PEÇO GENTILMENTE
FAÇA NOSSA
ESTRELA BRILHAR PERMANENTEMENTE
FAÇA NOSSA
ESTRELA BRILHAR PERMANENTEMENTE.
REGINA, VIVA
MINHA VIDA, DEIXE-ME VIVER A SUA
NÃO VIVA COMO A
LUA
QUE GUARDA
TANTOS SEGREDOS MAS NO FINAL
É NOTÍCIA DE
JORNAL.
REGINA, A VIDA
QUE NÓS VIVEMOS
E O MEIO EM QUE
CONVIVEMOS
É MUITO DIFÍCIL,
EU SEI
E POR ISSO EU
LHE PEÇO NOVAMENTE
FAÇA NOSSA
ESTRELA BRILHAR PERMANENTEMENTE
FAÇA NOSSA ESTRELA BRILHAR
PERMANENTEMENTE.
CAMPO DE BATALHA
Letra e Música:
Jorge Luiz da Silva
EXISTEM HOMENS
NA TERRA
QUE TRAZEM NO
PEITO A AMBIÇÃO
NÃO SABEM O MAL
QUE CAUSAM
E QUE SEGUEM O
CAMINHO DA PERDIÇÃO.
ALGUNS ATÉ
CHEGAM A PENSAR
QUE SÃO OS DONOS
DO MUNDO
NÃO COMPREENDEM
QUE ASSIM
SERÃO TRAGADOS
POR UM ABISMO PROFUNDO
DEUS FEZ DA
TERRA UM PARAÍSO
NÃO UM CAMPO DE
BATALHA ETERNO
EXPOSTO A TANTAS
LUTAS SEM FINAL
SERÁ
TRANSFORMADO NUM INFERNO.
É PRECISO QUE
COMPREENDAM
QUE SOMENTE DEVE
REINAR A PAZ
E SE TODOS SE
UNIREM NUM SÓ
HAVERÁ UM MUNDO
MELHOR.
E TUDO ISSO NÃO
PASSA DE LOUCURA E AMBIÇÃO
QUE LEVARÁ O
MUNDO INTEIRO
AO CAOS, À TRISTE DESTRUIÇÃO.
PHOLHAS
A banda foi criada em 1969 com a seguinte formação: Helio Santisteban
(teclado), Paulo Fernandes (bateria), Oswaldo Malagutti (baixo) e Wagner
"Bitão" Benatti (guitarra), com os quatro se revezando nos vocais.
Começaram fazendo covers de bandas dos EUA e Inglaterra e passaram a compor
também em inglês.
Seu primeiro LP, "Dead Faces", lançado em 1972 pela RCA, continha
apenas canções em inglês. Um compacto simples extraído desse álbum, com a
música "My Mistake", chegou ao primeiro lugar das paradas, vendendo
400 mil cópias em apenas três meses. Em seguida, outras canções foram lançadas
em compactos, como "She Made Me Cry", "I Never Did Before"
e "Forever", todas atingindo vendagem superior a 300 mil cópias. Em
1975, o álbum de estréia foi lançado no mercado hispânico com o título de
"Hojas", dando ao grupo mais um Disco de Ouro.
Em 1977 o grupo mudou de orientação, lançando o LP "O Som das
Discotheques", com covers dos principais sucessos do gênero, e chegando a
150 mil cópias vendidas.
Logo em seguida, Hélio Santisteban resolveu seguir carreira solo e em seu
lugar entrou Marinho Testoni, ex-Casa das Máquinas. Isso levou a outra mudança
no grupo, que lançou um disco de rock progressivo, e pela primeira vez com
letras em português. O disco vendeu bem menos que os anteriores, mas tornou-se
cult para um segmento de público.
Em 1978, foi Oswaldo Malagutti quem deixou a banda, sendo substituído pelo
baixista João Alberto, também ex-"Casa das Máquinas". Malagutti criou
com Santisteban o Estúdio MOSH (acrônimo de seus nomes) e até hoje trabalha com
produção e masterização de CDs e DVDs musicais.
Em 1980 Hélio Santisteban retornou ao grupo, que retomou a tradição de
cantar e compor em inglês, lançando então o LP "Memories". Poucos
meses depois, com a saída de Marinho, o Pholhas chegou à seguinte formação:
Bitão (guitarra), Paulo Fernandes (bateria), Hélio Santisteban (teclados) e
João Alberto (baixo).
No final de 2007 Hélio Santisteban deixa definitivamente a banda, a partir
de então Bitão, Paulinho e João Alberto resolvem não ter mais um tecladista
fixo e sim um tecladista especialmente convidado para cada apresentação. Essa
formula deu tanto certo que virou um atrativo a mais dos shows.
Ainda na estrada depois de 42 anos, a banda PHOLHAS
continua apresentando espetáculos em todo o Brasil e exterior, com recriações
de sucessos do rock inglês e norte-americano, especialmente de Bee Gees,
Creedence Clearwater Revival, Elvis Presley, Rolling Stones e Beatles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário