Texto: Tate Montenegro
Fonte: Território da Música
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante)
2015 teve tanto show bacana que tivemos que dividir em duas partes nossa retrospectiva dos destaques do ano.
SEGUNDO ROUND
Julho é mês de férias então a marcha diminuiu
outra vez, mas ainda assim teve o violonista David Garrett - que também deu uma
entrevista ao Território da Música -, e o Opeth fazendo um show marcante em São
Paulo na sua terceira passagem pelo País.
Em agosto Glenn Hughes trouxe Doug Aldrich
(ex-Whitesnake e Dio) como guitarrista para seus shows - uma parceria pareceu
promissora - e prometeu voltar em 2016. E quem voltou depois de menos de um ano
foi o The Maine, que pela empolgação dos fãs pode continuar visitando o Brasil
com frequência.
Tove Lo por sua vez fez sua primeira
apresentação não só no Brasil como em toda a América Latina no fim de agosto,
mas foi apenas pocket show exclusivo durante a festa de lançamento do
aplicativo TIMmusic by Deezer.
Agosto também foi um mês de aniversários:
aconteceram as primeiras edições do Banana Progressyva 2015, que na verdade
celebram os 45 anos do evento original, o The Adolescents passou pelo País
comemorando seus 35 anos de carreira, e o Clap Your Hands Say Yeah comemorou os
10 anos de seu disco de estreia com um Popload Gig.
E então chegou setembro, e com ele mais um
dos grandes festivais: o Rock In Rio comemorou 35 anos em 2015, e além de um
especial com informações sobre cada dia e shows que foram divulgados na
internet, acompanhamos os shows do Slipknot e Metallica. E muitas das atrações
do Rock In Rio aproveitaram para fazer shows em outras cidades, então
assistimos mais uma vez o Slipknot, dessa vez acompanhado do Mastodon,
Moonspell, System Of a Down (com Deftones), Faith No More, Gojira e o Queen com
Adam Lambert. Outro grupo que comemorou o aniversário do Rock In Rio e depois
chegou a São Paulo foi o A-Ha.
Ainda teve o Overload Music Fest, que em dois
dias trouxe Anathema, The Reign of Kindo, Andy McKee e Paradise Lost, entre
outros. Além disso, o Casa das Máquinas comemorou os 40 anos de seu segundo
disco e conversamos com o tecladista Mario Testoni sobre o passado, presente e
futuro do grupo. E tanto o Kadavar quanto a dupla 2Cellos - que nos deu uma
entrevista - fizeram sua primeira visita ao Brasil.
RETA FINAL
Falando em tempo, em outubro Zé Ramalho
apresentou clássicos que provaram que sua música o transcende e Ian Anderson
mostrou que é possível redefinir o próprio passado sem deixá-lo para trás de
vez - e ainda bateu um papo com a gente sobre como vê sua história. E na pegada
das comemorações, teve show de 10 anos do Video Games Live.
Blind Guardian e Turisas também marcaram
presença em outubro, e as estreias no Brasil desse mês foram Ariana Grande,
cujo show caiu bem no fim de semana do ENEM, e OMI, que se apresentou em um
evento de inauguração do espaço da Urban Stage. E o Popload Festival teve da
tímida Natalie Prass ao explosivo Iggy Pop no primeiro dia, mas sua grande
atração - pelo menos de acordo com o que a quantidade de público indicou - a
fofura do Belle & Sebastian, que encerrou a segunda noite.
Demi Lovato também fez um pocket show
fechado, que foi gravado e posteriormente liberado no Youtube, e afirmou que
volta logo com sua turnê durante uma entrevista coletiva.
O Angra nos deu uma entrevista logo antes de
começar a turnê do álbum “Secret Garden” no Japão, em maio. Mas em novembro,
quando fizeram mais uma rodada de shows dessa turnê no Brasil, já viviam uma
fase diferente, com Marcelo Barbosa estreando como substituto de Kiko Loureiro
- que por sua vez está integrando o Megadeth.
O fim do ano foi pontuado por ações políticas
e sociais até na música: Morrissey fez dois shows em São Paulo, homenageando em
ambos as vítimas dos atentados ocorridos em Paris dia 13 de novembro e trazendo
mais uma vez sua mensagem contra o consumo de carne com o vídeo projetado em
“Meat Is Murder”.
O Pearl Jam também prestou uma homenagem às
vítimas de Paris em seu show na capital paulista, e em Belo Horizonte não só se
comprometeu a doar seu cachê para as vítimas do rompimento da barragem de
Fundão, da mineradora Samarco, como também pediu que os responsáveis pela
tragédia fossem “duramente punidos”.
Por outro lado, teve a volta do Sónar para
São Paulo, com Chemical Brothers e Hot Chip, entre outros, o Festival DoSol
promoveu mais de 200 shows em 14 cidades do Nordeste, e o Explosions In The Sky
veio comemorar o aniversário de 15 anos do disco de estreia em São Paulo e no
Rio.
2015 terminou com o primeiro show de David
Gilmour no Brasil - em uma passagem pelo País com duas apresentações na capital
paulista, uma em Curitiba e outro em Porto Alegre. E no mesmo fim de semana
teve a volta do HIM, que tocou em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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