Texto:
Lizandra
Pronin
Fonte: Território da Música
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante)
Fonte: Território da Música
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante)
Foto:
Stephan Solon/Move Concerts
Freddie Mercury é insubstituível. Inigualável. E por mais que Adam Lambert, o ex-American Idol, seja talentoso e cheio de qualidades, é claro que ele precisaria ter começado a comer feijão com arroz na encarnação passada para ao menos chegar aos pés de Mercury. E é exatamente por isso que é preciso vê-lo no Queen como um convidado que presta uma homenagem a Freddie, e não como alguém que quer tomar seu lugar.
Brian May e Roger Taylor - os únicos da formação original do Queen - acompanhados de Adam Lambert, Spike Edney (teclado), Neil Fairclough (baixo) e Rufus Tiger Taylor (percussão, bateria) se apresentaram ontem, 16 de setembro, no Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista, com a casa cheia e os corações apertados de emoção. Um palco chamativo, muitas trocas de figurino, uma iluminação apoteótica e um telão oval ao fundo - o Q de Queen - harmonizavam com a grandiosidade do repertório que seria apresentado na noite.
Foto:
Stephan Solon / Move Concerts
Afetação
necessária
O garoto - que, aliás, já está na casa dos 30, por isso nem tão jovem é - é um verdadeiro 'case de sucesso': talentoso, performático, carismático. Ele saiu de um programa de calouros e hoje canta com o Queen. Convenhamos que subir num palco com o Queen e enfrentar a avaliação dos fãs da banda não é para os fracos. E durantes as mais de duas horas do show, Lambert provou aos desconfiados fãs que, sim, é capaz. O aval do Queen ele obviamente já tem: a banda até inseriu no repertório do show a faixa "Ghost Town", da carreira solo de Lambert.
Emoção
e repertório de hits
Antes disso, May havia brincado com uma câmera instalada no headstock de sua guitarra. Durante a faixa "Fat bottomed Girls", esta filmou os movimentos da mão do guitarrista no instrumento. Mas ao final, o músico virou a câmera para fora e filmou os companheiros de banda e também o público - imagens que apareciam no telão.
O baterista Roger Taylor continua em forma: seu solo foi vigoroso e sua performance, irretocável. Mas ele contou com uma ajuda: seu filho Rufus tocava uma segunda bateria montada no palco - e houve até um momento em que os dois apresentaram um duelo com seus instrumentos.
Não há muito o que dizer sobre o talento dos músicos que já não tenha sido dito repetidamente ao longo dos anos. Brian May e Roger Taylor são incríveis. Seus solos, sua técnica, sua performance e seu carisma - que atualmente, por causa da idade dos músicos, é acrescido de uma simpatia extra que o público dirige a esses senhores que tanto contribuíram para a cena musical mundial - foram ovacionados a cada oportunidade. Aplausos efusivos, assovios e comentários emocionados circulavam entre o público.
Foto:
Stephan Solon / Move Concerts
Freddie Mercury apareceu em outro momento do show: em "Bohemian Rhapsody", Adam divide os vocais com o falecido vocalista, mais uma vez projetado no telão. A música, sempre impactante, é o primeiro final da apresentação - por que ainda haverá um bis, é claro.
Já nos primeiros minutos dessa quinta-feira, a banda voltou ao palco do Ginásio do Ibirapuera, com May vestindo uma camiseta verde e amarela com uma bandeira do Brasil estilizada na frente. Adam Lambert entrou enrolado numa bandeira do Brasil e uma coroa na cabeça - uma referência a Mercury. E o show se encerrou com "We Will Rock You" e "We Are the Champions" com uma chuva de papel dourado picado que caiu sobre a pista.
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