Fonte: Wikipédia,
a enciclopédia livre.
Edição:
Jorge Luiz da Silva.
Bolero
Informações
gerais
Contexto
cultural: Fim do século XIX, em Cuba
Instrumentos
típicos: Violão, piano, instrumentos de sopro
Popularidade:
Muito popular na América Latina
Subgêneros: Bolero
son, Bolero ranchero, Bachata, Bolero moruno
Cenas
regionais: Argentina, Cuba, México, Porto Rico
Outros
tópicos:
Música da
América Latina
O bolero é
um ritmo que mescla raízes espanholas com influências locais de vários países
hispano-americanos.
De origem Cubana
tornou-se mais conhecido como canção romântica mexicana, sofreu modificações,
especialmente desenvolvendo temas mais românticos e de ritmo mais lento.
Tem tradição
nos seguintes países: Cuba, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, México,
Peru, Venezuela , Uruguai, Argentina e Brasil.
América Latina
O primeiro
bolero surgiu na data de 1883, na voz do cubano José Sanchéz, posteriormente
adotado pelos mexicanos, e depois por toda a América Latina.
Bésame Mucho
O mais
célebre bolero mexicano é Bésame mucho , composto por Consuelo Velásquez
(1941), e interpretado, entre outros, por: The Beatles, Plácido Domingo, Diana
Krall, João Gilberto, Simone, Cesária Évora, Rosa Passos, Frank Sinatra. Em
francês (adaptado por Francis Blanche em 1945): Dalida, Céline Dion, Arielle
Dombasle, Michel Petrucciani, Marc Lavoine, Guy Marchand e Lili Boniche.
Intérpretes
Dentre os
mais conhecidos intérpretes estão: Altemar Dutra (Brasil), Trio Irakitan
(Brasil), Trio Los Panchos, Agustin Lara, Bienvenido Granda, Lucho Gatica,
Pedro Vargas, Consuelo Velásquez, Armando Manzanero, Lucho Barrios, e
recentemente Luis Miguel, podendo ser dançado com música atuais como MPB e
Baladas.
Influências
Sabe-se que
o bolero influenciou o samba-canção, mambo (bolero-mambo), o chá-chá-chá e a
salsa.
Na República
Dominicana, surgiu, na década de 1960, uma variante do bolero chamada bachata.
Bolero e o Fado
A 20 de
Julho de 2012 foi feito pela primeira vez em Portugal um concerto que juntou o
Bolero da Colômbia e o Fado (Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO) no
mesmo palco, no Teatro São Luiz, organizado pela embaixada da Colômbia em
Portugal marcou a comemoração do dia nacional da Colômbia e contou com a
fadista portuguesa Raquel Tavares e a bolerista colombiana Lucía Pulido.
O Bolero, o
Tango e o Fado são, segundo uma pesquisa da Universidade de São Paulo sobre
"A canção das Mídias", do género "nômada" (conceito baseado
em Paul Zunthor).
E o que
seria uma “canção das mídias”?
Esse
conceito de Heloísa Valente define um tipo de canção que difere das outras que
a precederam por impôr condições distintas de escuta e de performance.
O estudo que
teve como base o Bolero, o Tango e Fado e está neste momento a estudar mais ao
pormenor o Bolero.
Bésame Mucho
Los Panchos
Autor: Velazquez
Estilo: Pop
, World Music
Besame,
besame mucho,
como si
fuera esta noche la ultima vez...
Besame,
besame mucho,
que tengo
miedo perderte, perderte despues...
Quiero
tenerte muy cerca,
mirarme en
tus ojos y estar junto a ti,
piensa que
tal vez mañana,
estare muy
lejos, muy lejos de aqui...
Besame,
besame mucho,
como si
fuera esta noche la ultima vez...
Besame,
besame mucho,
que tengo
miedo perderte, perderte despues...
Quiero
tenerte muy cerca,
mirarme en
tus ojos y estar junto a ti,
piensa que
tal vez mañana,
estare muy
lejos, muy lejos de aqui...
Besame,
besame mucho,
como si
fuera esta noche la ultima vez...
Besame,
besame mucho,
que tengo
miedo perderte,
perderte
despues...
As origens do Bolero
Fonte: cifrantiga3.blogspot.com.br
O bolero é o
ritmo musical adaptado da clássica balada às raízes afro-espanholas, que se
desenvolveu em Cuba, Porto Rico, República Dominicana e México.
O nascimento
do gênero foi na cidade de Santiago de Cuba, em Cuba, provavelmente em 1885 com
o aparecimento de Tristezas, de autoria de José Pepe Sánchez: Tristezas me dan
tus quejas, mujer / Profundo dolor que dudes de mí / No hay pena de amor que
deje entrever / Cuánto sufro y padezco por ti. / La vida es adversa conmigo /
No deja ensanchar mi pasión / Un beso me diste un día / Lo guardo en mi
corazón.(...). Por este motivo motivo diz-se que Cuba é a "Mãe" do
bolero.
Surgiram
dezenas de grandes compositores e intérpretes latino-americanos como, por
exemplo, Oswaldo Farrés e Gonzalo Roig (Cuba), Rafael Hernández e Pedro Flores
(Porto Rico), Agustín Lara, María Grever e Consuelo Velasquez (México), Lucho
Gatica (Chile), Mario Clavell e Gregorio Barrios (Argentina) e tantos outros.
Alguns
desses mestres da música romântica já foram inseridos na seção
"protagonistas". A seguir um resumo dos compositores, intérpretes e
das obras-primas românticas de Cuba, México e Porto Rico.
Bolero em Cuba
O primeiro
bolero de fama internacional foi Aquellos ojos verdes (1929), composto pelo
cubano Nilo Menéndez, enamorado de Conchita Utrera, uma linda cubana de olhos
claros. Conta o compositor que na noite em que a conheceu, compôs a melodia e
pediu ao poeta Adolfo Utrera, irmão de Conchita, que colocasse a letra,
sugerindo-lhe o tema. Da mesma época é o bolero Quiéreme mucho, de Gonzalo
Roig, que reflete nos versos o amor romântico que jura permanecer por toda a
eternidade: Quiéreme mucho, dulce amor mío / que amante siempre te adoraré, / yo
con tus besos y tus caricias / mis sufrimientos acallaré... / Cuando se quiere
de veras / como te quiero yo a ti, / es imposible mi cielo / tan separado
vivir...
Na década de
40 o bolero já havia se imposto em Cuba e nesta época destacaram vários compositores
como Oswaldo Farrés, Bobby Collazo e Isolina Carrillo. Farrés fez fama com Toda
una vida no qual repete-se o tema da promessa do amor eterno (Toda una vida
estaría contigo / no me importa en qué forma ni cuándo, ni cómo, pero junto a
ti....) além dos boleros Acércate más, Quizás, quizás, quizás e Tres palabras .
Bobby
Collazo compõe La última noche cantada por Pedro Vargas em 1946. De Isolina
Carrillo é o bolero Dos gardenias em que estréia o cantor porto-riquenho Daniel
Santos. Outros compositores cubanos são José Antonio Méndez (La gloria eres
tú), César Portillo de la Luz (Contigo en la distancia) e Frank Domínguez cujo
bolero Tú me acostumbraste marcou época na carreira de Lucho Gatica.
Bolero no México
No final do
século XIX, através da península de Yacatán, chegou ao México um ritmo de dança
chamado habanera e com ele a canção La paloma muito popular durante o império
de Maximiliano I e Carlota. A partir desta canção desenvolveria-se a dança
mexicana de cadência inconfundível e dela foi fácil passar ao ritmo de bolero.
Na década de
20 aparece em cena o compositor mexicano Agustín Lara, cujas composições levará
o bolero ao auge. Compõe cerca de 500 canções das quais se estima 162 foram
boleros. Com eles estabeleceu a norma clássica do bolero, a qual consiste em 32
compassos divididos em duas partes, os primeiros 16 em tom menor e os outros 16
em tom maior. A mulher foi uma fonte de inspiração importantíssima em sua obra.
Com uma
sensualidade exacerbada Lara fragmenta o corpo feminino em olhos, boca, pele,
voz, modo de andar, em uma tentativa de apropriar-se desse corpo imaginado,
objeto do desejo. Este se vê claramente nos boleros Palmeras e Tus pupilas.
Seguindo a tradição do amor cortês, Lara representa a paixão amorosa como uma
força insuperável e inexplicável, ou como um destino fatal mais forte que a
própria morte. E essa idéia do amor continua viva entre os latino-americanos
daí a popularidade dos boleros de Agustín Lara. São de sua autoria os boleros
famosos como Solamente una vez, Oración Caribe e Pecadora.
Outras
figuras que se destacam na produção de boleros mexicanos são: María Grever
(Júrame e Cuando vuelva a tu lado), Gonzalo Curiel (Vereda tropical), Gabriel
Ruiz (Usted) e Consuelo Velázquez que fez Bésame mucho, conhecidíssimo bolero
cantado no mundo inteiro.
O
desenvolvimento do bolero no México também foi impulsionado por influências
estrangeiras, como o compositor porto-riquenho Rafael Hernández, que permaneceu
neste país durante 16 anos em que compôs uma boa parte de sua obra musical, e
também da visita do Trío los Panchos, no final dos anos 40, criadores de um
estilo brilhante imitado por milhares de trios no mundo inteiro.
Não se pode
concluir uma visão panorâmica do bolero no México sem mencionar Armando
Manzanero, a quem devemos um rico repertório entre os mais famosos Contigo
aprendí, Adoro e Esta tarde vi llover.
Bolero em Porto Rico
Se o bolero
está centrado tradicionalmente em um sentimento relacionado com o amor - ódio,
incerteza, desespero, felicidade ou êxtase - o bolero porto-riquenho se
diferencia por ser fundamentalmente descritivo/narrativo. A maior parte dos
boleros que manifestam estas características foram produzidos em Nova York nos
anos 30 para um público de imigrantes recém-assentados nesta cidade.
A música era
uma história que se recordava, era um ritual de saudade da terra longínqua.
Talvez Rafael Hernández e Pedro Flores, grandes compositores de Porto Rico,
foram influenciados pelo estilo do aquinaldo, villancico e plena, três gêneros
musicais porto-riquenhos que usavam freqüentemente a narração e a descrição.
Finalmente o
bolero havia procurado usar uma linguagem culta para merecer a atenção da
classe alta. De modo que era freqüente encontrar compositores que se esforçavam
por usar uma linguagem depurada, solicitando, às vezes, ajuda de amigos poetas.
Não é de estranhar então que o bolero também se aproprie de certos rasgos do
estilo modernista. Isso se demonstra com um grupo de talentosos compositores
porto-riquenhos que abriram essa tendência, enriquecendo o bolero com a técnica
narrativo-descritiva. Entre eles, destacam-se Rafael Hernández, Pedro Flores,
Bobby Capo, Johnny Rodríguez, Tito Hernández e Noel Estrada.
Não teria
sido fácil desenvolver o bolero como canção e como ritmo sem a intervenção de
Rafael Hernández, cuja produção musical e poética pode ter ultrapassado 2.000
canções. Compôs, em 1927, em Nova York, uma das canções mais lindas de seu
repertório: Lamento borincano. É uma espécie de canto lírico que descreve a
inconformidade que sente o autor diante da pobreza em que vive o camponês de
seu país.
Como se vê
na letra da música, o autor mistura a narração, a descrição e o monólogo
interior (o pensamento do personagem), conseguindo que nos identifiquemos com o
alegre jíbaro (índio, camponês): Sale loco de contento / con su cargamento /
para la ciudad, sí, para la ciudad (...) / Y alegre, el jibarito, va, /
pensando así, diciendo así, / cantando así por el camino: / "Si yo vendo
la carga mi Dios querido / un traje a mi viejita / voy a comprar / Y alegre,
también su yegua va (....). Uma vez dados os personagens (o camponês, sua
velhinha e a sua égua), a situação concreta que se busca apresentar (a venda de
sua carga) e um tom de alegria, passa a representar, na segunda parte da
canção, um forte sentimento de tristeza, de quase desespero: Pasa la manaña
entera / sin que nadie pueda / su carga comprar, su carga comprar / Todo, todo
esta desierto / Y el pueblo está muerto / de necesidad, de necesidad (...).
A
conseqüência natural desta triste história é o lamento que se segue, com o qual
o autor busca comover o público com a injustiça social que sofre o camponês de
seu país: Y triste el jibarito va /pensando así, diciendo así, / llorando así
por el camino / Que será de Borinquen mi Dios querido!
Outro exemplo da técnica narrativa/descritiva no bolero de Porto
Rico é Bajo un palmar de Pedro Flores. Essa técnica é
empregada em muitos boleros porto-riquenhos. Experimente dar uma olhada, por
exemplo, em En mi viejo San Juan de Noel Estrada e Desvelo de amor de Rafael Hernández.
Veja também: Agustín Lara / Altemar Dutra / Armando Manzanero / Boleros
inesquecíveis / Bolero, Cifras e
letras de / Canções Latinas,
Cifras / Consuelo Velazquez / Gregorio Barrios / Lucho Gatica / Luis Miguel / Mario Clavell / Rafael Hernández / Roberto Yanés / Trío los Panchos / Trio Yrakitan.
Fonte: El
Bolero - Denison University - Granville - OHIO - USA (http://www.denison.edu), Cifrantiga - Cifras e
História da MPB.
Imagens:
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3.bp.blogspot.com
4.bp.blogspot.com
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cdn.tradebit.org
Esqueceram nos grandes compositores brasileiros de boleros: ROBERTO CARLOS, CHITÃO E XORORÓ (boleros sertanejos) e os atuais sertanejos.
ResponderExcluirNão se esqueçam que bolero é quaternário. (antonicarlos@hotmail.com)
Eu também compus alguns boleros que registrei na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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