No final dos anos
60, ou no início dos anos 70, já nem tenho certeza, tive o prazer de conhecer o
cantor Odair José, quando ele esteve em Aracaju, capital sergipana para
divulgar o seu primeiro grande sucesso: “MINHAS COISAS”.
Naquela época,
ele ainda era bastante tímido, e atendendo ao convite de Luiz Trindade ,
criador e apresentador do programa DOMINGO EM FESTIVAL marcou presença em sua
residência para participar do almoço especialmente preparado para o novo ídolo
da música brega.
Eu estava
presente e como morava na rua Geru, quase esquina com a residencia de Luiz Trindade
fui buscar o meu violão para que Odair José cantasse especialmente para nós o
seu sucesso.
Pois é, tive o
privilégio de emprestar meu violão para Odair José cantar a música “MINHAS
COISAS”, em fá maior.
Aqueles momentos
ficaram marcados em minha mente, como uma coisa espetacular.
Pena que eu não tenho uma foto registrando o momento,
mas registrei em minha memória.
O violão que Odair José cantou seu primeiro sucesso "MINHAS COISAS"
Odair José nasceu
em Morrinhos, cidade do interior de Goiás.
Começou a trabalhar
aos 17 anos de idade como crooner de conjuntos musicais.
No ano seguinte
conheceu Roberto Carlos nos bastidores de um show, em que ambos cantaram.
Roberto o incentivou
a seguir em frente e ele estimulado mudou-se para o Rio de Janeiro, onde
trabalhou como cantor em circos, boates e nos inferninhos da Lapa.
Odair se inspirou
no grande ídolo da juventude brasileira, além de admirar na época, Altemar
Dutra, Anísio Silva e Peter Frampton.
Confira a letra
da música MINHAS COISAS, primeiro sucesso do cantor Odair José, lançada no disco
“AS 14 MAIS”, do ano de 1968.
Minhas Coisas
Odair José
As minhas coisas
de repente estão tristes
Compreenderam que
não existe nada mais entre nós
Meu violão caiu
de cima do armário
Suas cordas
arrebentaram dando adeus a minha voz
O meu casaco com
você se acostumou
sentiu tanto a sua falta que de tristeza desbotou
Se eu soubesse
que eu iria lhe perder
Não teria
acostumado minhas coisas com você
Até meu carro já não tem velocidade
Pois ele sente
saudade de quando andava com você
Meu telefone que
sabia quase tudo de repente ficou mudo
E mais nada quer
dizer
O meu relógio
sempre certo trabalhou
Depois que ficou
sabendo nada mais ele marcou
Se eu soubesse
que eu iria lhe perder
Não teria
acostumado minhas coisas com você...
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