Por: Antonio
Paiva Rodrigues
Membro da Aci- Alomerce e Aouvirce.
(Paivinhajornalista)
Edição:
Jorge Luiz da Silva.
Falar da
história da Odeon não é tarefa fácil. Existem as nomenclaturas Odeon e Odeom,
uma acentuada e terminada em (n) e outra com a terminação em (m). A origem das
palavras tem como notoriedade variações de línguas de nossos antepassados. De
odéon ao grego odeîon representa espetáculos ou peças teatrais vindo dos
Antigos gregos, bem como teatro coberto destinado às audições de poetas e
músicos. Também têm como sinonímia o auditório para espetáculos teatrais,
cinematográficos, para concertos, atos de variedades, etc. De fato a empresa
musical no Brasil trabalhava nesse ramo, principalmente na gravação de discos,
até coleções históricas de artistas que fizeram sucesso no Brasil e no mundo.
EMI-Odeon ou Odeon, no Brasil, foi uma gravadora que sobreviveu como uma
subsidiária da EMI até a metade da década de 1980, quando acabou
definitivamente.
A maioria
dos lançamentos dos Beatles, incluindo os álbuns solos, apareceram pela Odeon
no mercado da Alemanha, Japão, Espanha, América do Sul, e França; alguns destes
demoraram para reconhecer a Apple Records, até 1971, mas voltaram a usar o selo
da EMI-Odeon por volta de 1976. A EMI permanece no Brasil, pelo nome de EMI
Music Brasil. Uma das melhores páginas da rede Mundial de Computadores (
Internet) nos fornecem dados interessantes e valiosos a Wikipédia. A Odeon
Records foi uma gravadora fundada por Max Strauss e Heinrich Zunz em Berlim,
Alemanha. Em 1904, a Odeon lançou o primeiro disco de dois lados para um
gramofone. Em 1931, a Odeon fundiu-se com a representante filial da Columbia
Records do Reino Unido, Electrola Records, HMV, Parlophone e outras marcas,
para formar a EMI.
Em 1936, o diretor da filial da Odeon foi
forçado a se retirar e foi substituido pelo Dr. Kepler, um membro do Partido
Nazista. Em 1939, a Odeon e a Electrola são colocadas e apontados por
administradores nazistas. Quando os russos liberaram Berlim em 1945, eles
destruíram a maioria de sua fábrica. Depois de 1945, a Odeon continuou a usar
sua marca para impressões feitas para a África Oriental. No Brasil a marca
sobreviveu como uma subsidiária da EMI (EMI-Odeon) até a metade da década de
1980, quando acabou definitivamente. Como os senhores podem notar a Odeon foi
uma empresa grande, importante, instalou-se em vários países, inclusive no
Brasil tem um acervo grandioso, valoroso e muito assediado pelos
colecionadores. Nos Estados Unidos da América do Norte (EUA) uma gama muito
extensa de gravadoras num total de 125.
Na realidade
uma gravadora tem um papel especial e trabalha como gravadora ou editora
discográfica sendo uma empresa que se especializa em fabricar, desenvolver,
distribuir e promover gravações de áudio e vídeo, em vários formatos incluindo
CDs, LPs, DVD-Audio, SACDs e cassetes. Com o fim da Odeon a Emi ficou com a
incubência de levar a frente o sucesso e o abismo cultural que estava a cargo
da Odeon. É de bom alvitre que frisemos que a EMI é a sigla de Electric and
Musical Industries Ltd; é uma gravadora localizada na Inglaterra, mais
precisamente em Londres e que mantém operações em 25 países; a EMI Group é uma
das 4 maiores gravadoras do mundo.
Uma empresa de respaldo e de grande peso no
ramo musical e fonográfico. Pegamos um gancho na Wikipédia e anotamos o
seguinte: “Foi formada em 1931 pela incorporação da Columbia Gramophone Company
e Gramophone Company. Em 1957, para repor as perdas de seus negócios
licenciados com a RCA Victor e Columbia Records, afinal, a "Columbia
EUA" havia rompido os acordos com a EMI desde 1951, a EMI entrou no
mercado americano adquirindo 96% das acões da Capitol Records. Durante as
décadas de 1950, 1960 e 1970, a gravadora EMI obteve um grande sucesso no campo
da música popular exemplo o José Augusto (cantor) nos anos 70 foi o primeiro
brasileiro contratado pela EMI que conseguiu a fazer sucesso no exterior na
época com o Regime Militar era muito dificil a vantagem foi com o seu
Romantismo, através de suas marcas subsidiárias, tais como: Parlophone, HMV,
Columbia Records da Austrália, Capitol Records e EMI-Odeon, Virgin Records ,
Apple Records e Copacabana Records.
Isso fez da EMI uma das gravadoras mais
conhecidas em todo o mundo, com uma lista de alguns dos artistas mais famosos
em suas respectivas épocas, incluindo Tina Turner, David Bowie, The Beatles,
Spice Girls, Queen, Roxette, Pink Floyd, Iron Maiden, The Byrds, The Hollies,
The Beach Boys, Maria Callas, Legião Urbana, Cilla Black, Radiohead, Coldplay,
Mamonas Assassinas e Thalía. Em março de 2006 a "EMI Group" entrou em
negociações para a compra da Warner Music Group - este movimento no mercado
fonográfico poderia reduzir de 4 "gigantes" do ramo, para apenas 3 -
mas de acordo com o site da Warner, a proposta foi rejeitada. Então, a Warner
voltou a mesa de negociações oferecendo a compra da EMI, que rejeitou a
proposta. Representantes de ambos os lados continuam mantendo encontros e
decidindo quem compra quem.
Lamentamos o
desaparecimento da Odeon e com ela a história do rádio ficou bem mais difícil
de se estudar, principalmente no aspecto relacionado a cantores, músicas e a
história musical brasileira.
Queremos ressaltar que para obtermos uma
matéria de qualidade é necessário uma pesquisa séria e competente, pois não
somos donos da verdade e não temos nenhum HD para arquivarmos todos os
acontecimentos na memória, mas mesmo assim com estudos e pesquisas vamos nos
inteirando de assunto e como cultura não deve ser guardada estamos repassando
para aqueles que se interessem pela história da música no Brasil e no mundo.
Resumo
Fonte: performa.web.ua.pt/
Em 1902 foi implantada no Brasil a primeira gravadora de discos,
a Casa
Edison. Até 1912, data da instalação da Fábrica Odeon (a
primeira na América
Latina), as músicas eram gravadas no Brasil e os discos
produzidos na
Alemanha. Esta gravadora traduziu em fonogramas as mais diversas
manifestações musicais brasileiras que, desde o século XIX,
estavam em
constante processo de transformação. A maior parte dessa
produção era no
campo da música popular
e, em especial, a canção.
Neste primeiro momento da
indústria fonográfica, o sistema de captação sonora, chamado de gravação
mecânica, ou acústica,
possuía inúmeras limitações de registro, sobretudo no
campo das frequências
dos sons. Nesse sistema físico de gravação – que se
baseava na pura captação
das ondas sonoras em um disco de cera através de
um cone de metal, um
diafragma e uma agulha – era preciso empreender um
grande esforço na
projeção da performance vocal ou instrumental de modo a
conseguir um melhor
registro. A gravação mecânica no Brasil foi utilizada até
1927,
data em que o sistema foi substituído pela gravação elétrica.
Imigrante tchecoslovaco, de origem judaica instalou a
Odeon no Brasil
Fonte: http://basilio.fundaj.gov.br/
A indústria fonográfica no
Brasil teve sua primeira fábrica de discos – a Odeon – por iniciativa do
imigrante tchecoslovaco, de origem judaica, Frederico Figner [Fred Figner]. A
Odeon foi instalada no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, e manteve a liderança
até 1924, quando o processo de gravação elétrica foi criado pela Victor Talking
Machine, uma revolução na história da indústria fonográfica. Produziram-se,
assim, os discos de 78 rpm (rotações por minuto) que reinaram até a década de
1960 e foram substituídos pelo LP (long playing = longa gravação), contendo
entre quatro e doze músicas. No período de 1930 a 1960, o número de fábricas
fonográficas no Brasil passou de três (Odeon, Victor e Colúmbia) para 150.
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As duas primeiras fotos estão erradas. mostram o cinema Odeon e não a gravadora Odeon!
ResponderExcluirVerdade! Mas foram essas as fotos que estavam disponibilizadas. Eu deverei ter colocado uma observação. Desculpe pela falha.
ExcluirQuem acabou comprando a EMI foi a Universal Music, por tabela detentora de seu acervo. A Parlophone pertence hoje à Warner Music.
ResponderExcluirGrato pela informação meu caro Samuca62!
ExcluirAlguém tem algum acervo da Odeon em 1960 e 1970
ResponderExcluirTudo que eu tenho da Odeon está na matéria postada. Se alguém tiver mais alguma informação fique a vontade para postar nesse espaço. Grato.
ResponderExcluiralguem sabe quando a a Rua 6 da fabrica Odeon mudou para Rua Odeon e quando recebeu o numero 150? Grato.
ResponderExcluirVc pode se informar no site da camará municipal. é lá que estás leis são criadas.
ExcluirEmerson, informações no site da Câmara Municipal, segundo nosso amigo Antonio Alves.
ExcluirMeu pai, José de Sá, trabalhou no escritório da EMI Odeon nos anos 60 e 70. Me recordo do escritório da rua Evarisco da Veiga no Rio de Janeiro e da fábrica em São Bernardo do Campo.
ResponderExcluirSecretariei o Sr. José de Sá de 1967 até 1970, quando pedi demissão, pois havia passado para a Petrobrás. Ele era o chefe do Departamento Internacional. Todas as novidades de lançamentos internacionais chegavam para ele. Justamente na Rua Evaristo da Veiga, num sobrado antigão. Corri muito das manifestações contra o regime militar. Tudo acontecia ali na Cinelândia. Do Quartel da polícia, que tem na mesma rua, saía a cavalaria jogando gás lacrimogêneo. Era um terror!
ExcluirOlá, ótima texto! Você sabe onde ficava o estúdio de gravação da Odeon no Rio de Janeiro?
ResponderExcluirFicava na Av. Rio Branco, não me lembro o número, mas, era na Cinelândia, lado oposto do Bar Amarelinho e Cine Odeon.
ResponderExcluirEdíficio São Borja, Av. Rio Branco 277. Na década de 1970 mudou para a Rua Mena Barreto em Botafogo
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