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sábado, 14 de fevereiro de 2015

'A pressão é insuportável', diz Dudu Braga, filho de Roberto Carlos


Texto: Bárbara Vieira. Fonte: Clube do Rei.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante)

 
Dudu Braga com a mulher, Valeska Braga (Foto: Celso Tavares)

Baterista da banda RC na Veia, ele se apresentou no cruzeiro 'Emoções em alto-mar' e também falou sobre a condição de deficiente visual.

O bateirista Dudu Braga, 46 anos - filho de Roberto Carlos com Cleonice Rosa - se apresentou com a banda RC na Veia pela primeira vez no Cruzeiro "Emoções em alto-mar", que acontece desde a última quinta-feira, 5, com shows do Rei. Cego há 22 anos, Dudu falou sobre a pressão de ser filho do "paizão", como ele chama Roberto Carlos. "É complicado. Mas temos de aprender a conviver. A referência é muito alta porque a interpretação e a afinação do meu pai são muito boas", diz ele, que se apresentou na noite de sexta-feira, 6, com o pai na plateia. Durante o show, Roberto deu uma palhinha e cantou "Eu te amo" e "Jesus Cristo".

"Não adianta, baterista tem mania de acelerar. Ele me deu um toque para desacelerar três pontos em uma música ontem", comentou Dudu: "A pressão é insuportável, mas a gente tem de superar isso".

Sobre uma possível parceria, Dudu é reticente. "Temos a pretensão de gravar um disco juntos de releituras. Mas gravar uma música inédita depende dele, que é compositor", desconversa o músico.

'Não somos coitados'

Dudu perdeu a visão há 22 anos. "Não vejo vultos, apenas silhuetas. Nasci com glaucoma", explica ele. "A primeira cirurgia aconteceu com 15 anos. Comecei a tocar aos 9. Toco há 30 anos. Eu tenho de sentar na batera na mesma posição que fica em casa. É difícil acertar essa posição, mas a gente se vira. Quando me pedem para dar uma palhinha, é complicado", diz ele, com bom humor.


Dudu também faz palestras para falar sobre deficiência visual. "Meu objetivo é conscientizar que a pessoa com deficiência pode ser produtiva. Não quero o estigma de coitado. Uso a minha história para mostrar e a gente usa o humor, brinca com isso", conta ele, que não perdeu o otimismo após perder a visão. "Eu já nasci com esse otimismo graças a Deus.

Nunca imaginei que fosse ter deslocamento de retina. Não mudei depois que fiquei cego. Não foi fácil. Mas o que aconteceu comigo foi, se é que eu posso dizer, bacana, porque aconteceu em dois anos. Em um prazo de dois anos e meio fiquei sem enxergar. Não foi de uma hora para outra", comentou ele.

Notícia enviada gentilmente por carlyle.




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