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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Elba Ramalho, a filha do sertão nordestino

Fonte: www.elbaramalho.com.br
Informações: wikipedia.org
Fotos: Google.com.br
Edição: Jorge Luiz da Silva
Salvador, BA (da redação Itinerante).


Elba Maria Nunes Ramalho é uma cantora e atriz brasileira.
Nasceu em Conceição-PB, em 17 de agosto de 1951
Filhos: Luã Mattar, Maria Clara Lopes, Maria Paula Ramalho, Maria Esperança Lopes
Cônjuge: Gaetano Lopes (de 1995 a 2008), Maurício Mattar
Filme: Dançando Lambada


O INÍCIO
Filha do sertão nordestino, dona de um timbre inconfundível e de uma energia eletrizante, Elba Ramalho mantém a verve de iniciante e continua a contagiar o público por onde passa e a levar seu canto agridoce para as mais diversas platéias nacionais.
Com três décadas de carreira, a Ave de Prata continua a dar um banho de musicalidade.
São mais de 30 anos de uma carreira iniciada no final da década de 70, quando, após integrar o elenco da montagem original da peça “A ópera do malandro”, de Chico Buarque, surpreendeu o país com o LP “Ave de Prata”, inspirado na composição homônima de Zé Ramalho.
O disco já incluía canções de compositores nordestinos, uma das marcas da cantora ao longo da carreira, além da faixa “Não sonho mais”, de Chico Buarque.

Filha do nordeste brasileiro, nascida no alto sertão da Paraíba, sob o signo de Leão, cercada de religiosidade e fé, Elba herdou a musicalidade de seu pai, que a despertou cedo para a mais sublime das formas de comunicação; a música.
Foi também rodeada pelo solo seco e vegetação árida que a cantora se familiarizou cedo com os mais diversos ritmos da região: baião, maracatu, xote, frevo, pastoril, caboclinhos e forrós. Gêneros que preservam a pureza de uma cultura eminentemente popular.


NOS ANOS 70
Elba iniciou a experiência musical tocando bateria no conjunto “As Brasas”, formado somente por mulheres.
Isso foi em 1968, ano em que também cursava as faculdades de Economia e Sociologia.
Foram cinco anos de estudos, mas o diploma não veio.
O conjunto musical se transformou em grupo teatral.
Mesmo optando pelo teatro, Elba continuava a cantar, participando de diversos festivais pelo nordeste.

Em 1974, trocou a Paraíba pelo sul do país, chegando ao Rio de Janeiro com o Quinteto Violado.
Na capital fluminense se estabeleceu como atriz de teatro, mas sempre em musicais, onde a atriz encontrava a intérprete.

Em 77, participou de “Morte e vida severina”, filme inspirado na obra de João Cabral de Melo Neto.
Em 78, integrou o elenco da peça “A ópera do malandro”, de Chico Buarque.
Sua interpretação de “O meu amor” com Marieta Severo lhe valeu prêmios e seu primeiro contrato como cantora com a gravadora CBS.


PRIMEIRO TIME DA MPB
Rapidamente desponta no meio musical e passa a integrar com justiça o primeiro time da música popular brasileira. Popular brasileira, esta é a palavra-chave de sua trajetória.
Os discos se seguiram a cada ano, juntamente com shows que cada vez marcavam mais o seu domínio dos palcos.
Seus espetáculos abrangem todos os públicos.
São shows em grandes teatros, arenas, feiras agropecuárias, festivais de jazz, festas juninas, carnavais, festivais de rock, convenções e todos os tipos de eventos.
Sua voz única já foi igualmente ovacionada nos grandes palcos internacionais, como o Olympia, de Paris, o Blue Note, de Nova York, o Brixton Academy, de Londres, e o Festival de Montreaux, na Suíça.
Elba justifica a imensa abrangência do seu público pela versatilidade do seu trabalho.
Não existe nada de standard em seu canto, que domina com a mesma propriedade canções típicas do nordeste brasileiro, baladas românticas, rocks, sambas e até o blues norte-americano.


FLOR DA PARAÍBA
Em 96, lança o bem sucedido LP “Leão do Norte”, inspirada na canção de Lenina e Paulo Cesar Pinheiro que exalta a cultura pernambucana.
O show homônimo, dirigido por Jorge Fernando, é sucesso absoluto em todo o Brasil e arremata o prêmio de “Melhor show do ano”, pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo.
Naquele mesmo ano, excursiona com o show “O grande encontro”, juntamente com Alceu Valença, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo.
O primeiro disco da trilogia vende mais de 1 milhão de cópias e se firma como repertório essencial de uma época.

“Baioque” é o projeto musical de 1997.

Enquanto disco, Elba repetiu o sucesso anterior ao entregar a produção musical a Robertinho do Recife.
Como show, mais uma vez Elba firma parceria com Jorge Fernando e arrebata as platéias de norte a sul.
Logo em seguida, lança mais um grande sucesso, “O grande encontro II”, desta vez com Geraldo Azevedo e Zé Ramalho. E mais uma vez, roda todo o Brasil em turnê.

No ano de 98, é a vez de “Flor da Paraíba”, um CD no qual Elba escolheu um repertório em que resgata os sentimentos nordestinos.
A intérprete buscou jóias do cancioneiro que valorizam a riqueza do universo da MPB.
O nome do álbum é inspirado em uma dedicatória feita, há muitos anos, por Caetano Veloso, quando a cantora acabara de chegar ao Rio de Janeiro para despontar no meio musical.


VINTE ANOS
Em 1999, Elba Ramalho comemorou “Vinte anos de carreira”.
Às vésperas do novo milênio, preparou o álbum duplo “Solar”, com uma parte gravada em estúdio, durante os festejos juninos na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, e outra ao vivo, com arranjos de Wagner Tiso (“Canção da despedida” e “Imaculada”) e Jaques Morelenbaum (“Palavra de mulher”).

O disco conta com as participações de Chico Buarque (“Não sonho mais”), Zé Ramalho (“Ave de prata”), Lenine (“Nó Cego”), Nana Caymmi (“Imaculada”), Geraldo Azevedo (“Kukukaya”), Margareth Menezes (“Quem é muito querido a mir”) e, tem participações de Dominguinhos (“Retrato da vida”) e Alceu Valença (na inédita, “Trem das ilusões”).

Em seguida ao lançamento do CD no Brasil, Elba segue em turnê para a Europa, passando por festivais de diversos países, entre eles em Portugal, Itália, Alemanha, Suíça e França.


GRANDES ENCONTROS
O ano 2000 volta a reunir novamente Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho com o CD e DVD “O grande encontro III – Ao vivo”, gravados durante um show no Rio de Janeiro com participações especiais de Lenine, Belchior e Moraes Moreira.
Inquieta, Elba não para, seguindo com Geraldo Azevedo para Los Angeles, EUA, onde gravaram um disco ao vivo.
No repertório do disco, destinado ao mercado norte-americano, estão os maiores sucessos dos dois artistas. Retornando ao Brasil, Elba recebe o convite para participar do Rock In Rio III, juntamente com Zé Ramalho.
Os primos preparam um grande show, relembrando vários sucessos na cidade do rock.
Vale frisar que Elba é a única artista brasileira a participar de todas as edições do Rock In Rio no Brasil.

O CD “Cirandeira” foi o lançamento de 2001.
Repleto de forrós, xotes e baiões, o trabalho quebrou as barreiras do regionalismo e conquistou o sul do Brasil.
Lenine abre o disco com a música-título “Cirandeira”, transportando o ouvinte ao mar de Itamaracá.
Os trabalhos que vieram na seqüência em 2002, 2003 e 2005 marcaram homenagens ao nordeste brasileiro e seus grandes compositores.

Em “Elba Canta Luiz”, de 2002, a paraibana se volta para a obra do rei do baião, principal nome responsável pela popularização dos gêneros nordestinos no eixo Rio-São Paulo.
Elba transita com familiaridade por canções como “O xote das meninas” e “Vem morena”.
O CD rendeu ainda belo DVD gravado no Rio de Janeiro.
Ainda na mesma seara do velho sertão, a cantora lança no ano seguinte “Elba ao vivo”, que inclui – além de clássicos de Luis Gonzaga, como “Asa branca”, “Qui nen jiló” e “Assum preto” – a bela “Luar do sertão”, de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense.


Elba busca de renovação e retorna ao estúdio em 2007, quando lança o CD “Qual o assunto que mais lhe interessa?”, em que atualizou o repertório, mantendo a coerência artística de seus projetos anteriores.
Produzido por Lula, Yuri e Tostão Queiroga, o CD coloca em discussão temas que ocupam os noticiários e questionam a contemporaneidade.

Dos nordestinos habituais – frevo, boi maranhense, ciranda, xote – ao samba tradicional bem ao gosto do carioca, Elba transgride rótulos e dilui fronteiras entre canções nunca registradas em sua voz e inéditas.

O álbum lhe valeu o Grammy Latino 2008 na categoria regional contemporâneo e inspirou o DVD “Raízes e antenas”, lançado em 2008, que retrata a atual fase da artista em misto de documentário e registro ao vivo.

Elba retornou a Conceição, sertão paraibano onde nasceu e rememorou sua origem ao lado de seu pai, João Nunes, de 90 anos.
Sua intimidade familiar aparece em recortes na bela “casa-refúgio” em Trancoso ou em sua residência no Rio, que fornecem um perfil humano da artista.

O ano de 2009 marca as três décadas de estrada.
A artista já prepara o álbum “Balaio de amor”, em que retorna ao nordeste num álbum de baladas românticas com canções da nova safra de compositores do nordeste.
E dessa maneira, Elba segue firme, levando seu canto maduro e ainda hoje marcado pela originalidade e beleza.


Em 2010, o momento de comemorar, com a gravação do DVD e CD do “Marco Zero Ao Vivo”, gravado no Recife.
E em 2012, o novo disco de inéditas, “Vambora Lá Dançar”.

Vambora Lá Dançar

2013 - Saladesom Records


2010
2010

Marco Zero – Ao Vivo

Biscoito Fino
2009

Balaio de Amor

Biscoito Fino
2007

DVD Raízes e Antenas

Atração Fonográfica
2005

Baião de Dois

Sony BMG
2003
2003
2002

Elba canta Luiz

Sony BMG
2001

Cirandeira

BMG Brasil
2000
2000
1999

Solar

BMG Brasil
1998

Flor da Paraíba

BMG Brasil
1997
1997

Baioque

BMG Brasil
1996

O Grande Encontro I

BMG Brasil
1996

Leão Do Norte

BMG Ariola
1995

Paisagem

Polygram
1993

Devora-Me

Polygram
1992

Encanto

Polygram
1991
1990

Elba Ao Vivo

Polygram
1989
1988

Fruto

Polygram
1987

Elba 1987

Polygram
1986

Remexer

Barclay
1985

Fogo na Mistura

Barclay
1983
1982

Alegria

Ariola
1981

Elba 1981

CBS/ Epic
1980

Capim do Vale

CBS/ Epic
1979

Ave de Prata

CBS/ Epic

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